Vaticano abrirá arquivos sobre Pio XII e Holocausto em 2020
CIDADE DO VATICANO, 04 MAR (ANSA) - O papa Francisco anunciou nesta segunda-feira (4) que abrirá os documentos do Arquivo Secreto do Vaticano relativos ao pontificado de Pio XII (1939-1958), já acusado de não ter se oposto à perseguição de judeus pelos nazistas, em 2 de março de 2020.
A confirmação foi dada durante um encontro de Jorge Bergoglio com funcionários do Arquivo Secreto. "Decidi que a abertura dos arquivos sobre o pontificado de Pio XII ocorrerá em 2 de março de 2020, exatamente um ano depois da eleição de Eugenio Pacelli ao Trono de Pedro", disse Francisco.
Segundo o Papa, essa decisão foi tomada com ânimo "sereno e confiante", com a certeza de que a "pesquisa histórica séria e objetiva saberá avaliar em sua justa luz, com crítica apropriada, momentos de exaltação daquele pontífice e, sem dúvidas, também momentos de graves dificuldades, de decisões atormentadas, de prudência humana e cristã, que a alguns podem parecer reticência".
"Ao invés disso, foram tentativas para manter acesa, nos períodos de escuridão e crueldade, a chama das iniciativas humanitárias, de uma diplomacia escondida, mas ativa, da esperança em possíveis aberturas dos corações", acrescentou, ressaltando que a Igreja "não tem medo da história".
Ainda de acordo com Francisco, Pio XII foi criticado "com algum preconceito ou exageros", mas hoje está sendo "reavaliado e colocado sob justa luz devido às suas qualidades pastorais, sobretudo, mas também teológicas e diplomáticas".
Pacelli é acusado de ter se omitido perante os horrores do Holocausto, especialmente por não ter condenado publicamente a matança de judeus na Segunda Guerra Mundial.
Já o Vaticano alega que Pio XII promoveu uma diplomacia de bastidores para salvar o maior número possível de pessoas, inclusive abrigando judeus em igrejas e conventos na Itália.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A confirmação foi dada durante um encontro de Jorge Bergoglio com funcionários do Arquivo Secreto. "Decidi que a abertura dos arquivos sobre o pontificado de Pio XII ocorrerá em 2 de março de 2020, exatamente um ano depois da eleição de Eugenio Pacelli ao Trono de Pedro", disse Francisco.
Segundo o Papa, essa decisão foi tomada com ânimo "sereno e confiante", com a certeza de que a "pesquisa histórica séria e objetiva saberá avaliar em sua justa luz, com crítica apropriada, momentos de exaltação daquele pontífice e, sem dúvidas, também momentos de graves dificuldades, de decisões atormentadas, de prudência humana e cristã, que a alguns podem parecer reticência".
"Ao invés disso, foram tentativas para manter acesa, nos períodos de escuridão e crueldade, a chama das iniciativas humanitárias, de uma diplomacia escondida, mas ativa, da esperança em possíveis aberturas dos corações", acrescentou, ressaltando que a Igreja "não tem medo da história".
Ainda de acordo com Francisco, Pio XII foi criticado "com algum preconceito ou exageros", mas hoje está sendo "reavaliado e colocado sob justa luz devido às suas qualidades pastorais, sobretudo, mas também teológicas e diplomáticas".
Pacelli é acusado de ter se omitido perante os horrores do Holocausto, especialmente por não ter condenado publicamente a matança de judeus na Segunda Guerra Mundial.
Já o Vaticano alega que Pio XII promoveu uma diplomacia de bastidores para salvar o maior número possível de pessoas, inclusive abrigando judeus em igrejas e conventos na Itália.
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