Estudo identifica falha que causou sismo no Coliseu em 443
ROMA, 06 MAR (ANSA) - Pesquisadores descobriram que a falha geológica do Monte Vettore, responsável pela sequência sísmica que matou mais de 300 pessoas no centro da Itália entre 2016 e 2017, também causou o terremoto que danificou o Coliseu de Roma no século 5.
Conduzido pelo sismólogo Paolo Galli, do Departamento Nacional de Proteção Civil e do Instituto de Geologia Ambiental do Conselho Nacional de Pesquisas, o estudo foi publicado pela revista especializada Tectonics.
Segundo a pesquisa, a falha do Monte Vettore, na Cordilheira dos Apeninos, provoca "terremotos destrutivos" em intervalos de 1,5 mil a 2 mil anos. Na área atingida pelos tremores de 2016, os sismólogos escavaram trincheiras sobre as rachaduras superficiais e deformações geradas pelos eventos.
Estudando as características geológicas da rocha, conseguiram reconstruir o histórico de terremotos provocados pela falha do Monte Vettore, que se estende por 30 quilômetros. "Sabíamos que aquela falha havia provocado fortes terremotos, mas ela ainda não havia sido associada a sismos anotados em registros ou fontes históricas", disse Edoardo Peronace, um dos pesquisadores envolvidos no estudo.
Os sismólogos identificaram nas paredes das trincheiras as "cicatrizes" deixadas por deformações precedentes e demonstraram que a falha gerou, nos 9 mil anos anteriores a 2016, pelo menos cinco terremotos destrutivos.
O último deles teria ocorrido em 443 d.C. e entrou para os registros históricos por ter deixado sua marca em Roma, com danos na Basílica de São Paulo e no Coliseu. Segundo Peronace, o estudo demonstra que mesmo falhas silenciosas podem ser uma ameaça e até mais destrutivas que as ativas.
Inaugurado em 80 d.C. e palco de batalhas de gladiadores no Império Romano, o Coliseu foi severamente danificado ao longo do tempo por saques e terremotos e hoje exibe apenas uma parte de sua estrutura original. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Conduzido pelo sismólogo Paolo Galli, do Departamento Nacional de Proteção Civil e do Instituto de Geologia Ambiental do Conselho Nacional de Pesquisas, o estudo foi publicado pela revista especializada Tectonics.
Segundo a pesquisa, a falha do Monte Vettore, na Cordilheira dos Apeninos, provoca "terremotos destrutivos" em intervalos de 1,5 mil a 2 mil anos. Na área atingida pelos tremores de 2016, os sismólogos escavaram trincheiras sobre as rachaduras superficiais e deformações geradas pelos eventos.
Estudando as características geológicas da rocha, conseguiram reconstruir o histórico de terremotos provocados pela falha do Monte Vettore, que se estende por 30 quilômetros. "Sabíamos que aquela falha havia provocado fortes terremotos, mas ela ainda não havia sido associada a sismos anotados em registros ou fontes históricas", disse Edoardo Peronace, um dos pesquisadores envolvidos no estudo.
Os sismólogos identificaram nas paredes das trincheiras as "cicatrizes" deixadas por deformações precedentes e demonstraram que a falha gerou, nos 9 mil anos anteriores a 2016, pelo menos cinco terremotos destrutivos.
O último deles teria ocorrido em 443 d.C. e entrou para os registros históricos por ter deixado sua marca em Roma, com danos na Basílica de São Paulo e no Coliseu. Segundo Peronace, o estudo demonstra que mesmo falhas silenciosas podem ser uma ameaça e até mais destrutivas que as ativas.
Inaugurado em 80 d.C. e palco de batalhas de gladiadores no Império Romano, o Coliseu foi severamente danificado ao longo do tempo por saques e terremotos e hoje exibe apenas uma parte de sua estrutura original. (ANSA)
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