Bispo acusado de abuso sexual participa de retiro com Papa
CIDADE DO VATICANO, 23 MAR (ANSA) - O retiro espiritual de Quaresma do papa Francisco, que começou no último domingo (10) e termina na próxima sexta-feira (15), virou motivo de polêmica por conta da presença de um bispo acusado de abuso sexual contra seminaristas adultos.
A questão foi levantada pelo site britânico Catholic Herald e logo repercutiu em páginas ligadas à ala conservadora do clero.
Questionada sobre o assunto, a Sala de Imprensa da Santa Sé evitou comentários.
Gustavo Óscar Zanchetta, 55 anos, foi nomeado bispo de Orán, no norte da Argentina, pelo próprio Francisco e se afastou da diocese em 29 de julho de 2016, alegando problemas de saúde. Em 19 de dezembro do ano seguinte, o Papa o nomeou "assessor" da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Aspa), cargo até então inexistente.
No fim de 2018, no entanto, surgiu a denúncia de que três seminaristas o acusavam de abuso sexual e que outros 10 o culpavam por abuso de poder e má gestão financeira. Pouco depois, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, confirmou que as denúncias chegaram ao Vaticano meses depois da nomeação de Zanchetta para a Aspa.
Segundo Gisotti, o bispo se licenciou do trabalho enquanto as investigações não são concluídas, mas isso não o impediu de se juntar ao retiro espiritual do Papa em Ariccia, nos arredores de Roma.
Recentemente, o ex-vigário-geral de Orán, Juan José Manzano, contou à imprensa que o Vaticano sabia dos comportamentos inapropriados de Zanchetta desde 2015 e que as denúncias da época falavam em "comportamentos obscenos" contra seminaristas.
Ainda de acordo com o relato de Manzano, Francisco chegou a convocar o bispo, que se justificou alegando que seu celular havia sido invadido. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A questão foi levantada pelo site britânico Catholic Herald e logo repercutiu em páginas ligadas à ala conservadora do clero.
Questionada sobre o assunto, a Sala de Imprensa da Santa Sé evitou comentários.
Gustavo Óscar Zanchetta, 55 anos, foi nomeado bispo de Orán, no norte da Argentina, pelo próprio Francisco e se afastou da diocese em 29 de julho de 2016, alegando problemas de saúde. Em 19 de dezembro do ano seguinte, o Papa o nomeou "assessor" da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Aspa), cargo até então inexistente.
No fim de 2018, no entanto, surgiu a denúncia de que três seminaristas o acusavam de abuso sexual e que outros 10 o culpavam por abuso de poder e má gestão financeira. Pouco depois, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, confirmou que as denúncias chegaram ao Vaticano meses depois da nomeação de Zanchetta para a Aspa.
Segundo Gisotti, o bispo se licenciou do trabalho enquanto as investigações não são concluídas, mas isso não o impediu de se juntar ao retiro espiritual do Papa em Ariccia, nos arredores de Roma.
Recentemente, o ex-vigário-geral de Orán, Juan José Manzano, contou à imprensa que o Vaticano sabia dos comportamentos inapropriados de Zanchetta desde 2015 e que as denúncias da época falavam em "comportamentos obscenos" contra seminaristas.
Ainda de acordo com o relato de Manzano, Francisco chegou a convocar o bispo, que se justificou alegando que seu celular havia sido invadido. (ANSA)
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