Parlamento britânico aprova pedir adiamento do Brexit
LONDRES, 14 MAR (ANSA) - O Parlamento do Reino Unido aprovou nesta quinta-feira (14), por um placar de 412 a 202, uma moção que pede ao governo para solicitar à União Europeia o adiamento do Brexit, marcado para 29 de março.
O objetivo é permitir que o acordo entre Londres e Bruxelas seja votado pela terceira vez na Câmara dos Comuns, que já rejeitou o texto duas vezes. A nova votação deve acontecer na semana que vem.
Segundo a moção proposta pelo governo da primeira-ministra Theresa May, se os parlamentares aprovarem seu acordo, o "divórcio" será prorrogado para 30 de junho. Do contrário, ela pedirá um adiamento maior, embora qualquer mudança de data dependa do aval unânime dos outros 27 Estados-membros da UE.
A votação desta quinta aumenta a incerteza sobre o futuro do Reino Unido, já que a nova data seria depois das eleições europeias de maio de 2019. Nesse cenário, Bruxelas poderia se ver obrigada a incluir os britânicos no pleito, o que levaria a uma nova redistribuição dos assentos em seu Parlamento.
Também nesta quinta, a Câmara dos Comuns rejeitou uma emenda para condicionar o pedido de ampliação do prazo à convocação de um segundo plebiscito sobre o tema.
O texto recebeu apenas 85 votos favoráveis e 334 contrários, principalmente em função da abstenção do Partido Trabalhista, de oposição. Também foi negada, por um placar apertado de 314 a 311, uma emenda bipartidária que daria mais poderes ao Parlamento nas negociações com a UE.
Reunião - O Conselho Europeu, principal órgão político do bloco, se reunirá entre 21 e 22 de março para discutir a questão. Seu presidente, Donald Tusk, já afirmou que pedirá para os 27 Estados-membros aceitarem o adiamento, de modo a tentar evitar um Brexit sem acordo.
Por outro lado, a União Europeia já solicitou que os países se preparem para um rompimento imediato em 29 de março, situação que pode abrir uma crise econômica e de abastecimento no Reino Unido.
Caso o acordo de May seja aprovado, haverá um período de transição até 31 de dezembro de 2020, prorrogável por mais um ano, tempo que será usado para a negociação de um tratado comercial entre os dois lados.
O acordo atual prevê que, em caso de fracasso nas negociações comerciais, entrará em vigor o "backstop", mecanismo que impede o estabelecimento de fronteiras rígidas entre a Irlanda do Norte, território britânico, e a República da Irlanda, Estado-membro da UE.
Esse é o principal entrave do acordo, já que os "brexiteers" temem que o "backstop" crie uma espécie de fronteira entre a Irlanda do Norte e o restante do Reino Unido. Dublin, por sua vez, não abre mão do mecanismo, devido ao receio do recrudescimento da violência na fronteira. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O objetivo é permitir que o acordo entre Londres e Bruxelas seja votado pela terceira vez na Câmara dos Comuns, que já rejeitou o texto duas vezes. A nova votação deve acontecer na semana que vem.
Segundo a moção proposta pelo governo da primeira-ministra Theresa May, se os parlamentares aprovarem seu acordo, o "divórcio" será prorrogado para 30 de junho. Do contrário, ela pedirá um adiamento maior, embora qualquer mudança de data dependa do aval unânime dos outros 27 Estados-membros da UE.
A votação desta quinta aumenta a incerteza sobre o futuro do Reino Unido, já que a nova data seria depois das eleições europeias de maio de 2019. Nesse cenário, Bruxelas poderia se ver obrigada a incluir os britânicos no pleito, o que levaria a uma nova redistribuição dos assentos em seu Parlamento.
Também nesta quinta, a Câmara dos Comuns rejeitou uma emenda para condicionar o pedido de ampliação do prazo à convocação de um segundo plebiscito sobre o tema.
O texto recebeu apenas 85 votos favoráveis e 334 contrários, principalmente em função da abstenção do Partido Trabalhista, de oposição. Também foi negada, por um placar apertado de 314 a 311, uma emenda bipartidária que daria mais poderes ao Parlamento nas negociações com a UE.
Reunião - O Conselho Europeu, principal órgão político do bloco, se reunirá entre 21 e 22 de março para discutir a questão. Seu presidente, Donald Tusk, já afirmou que pedirá para os 27 Estados-membros aceitarem o adiamento, de modo a tentar evitar um Brexit sem acordo.
Por outro lado, a União Europeia já solicitou que os países se preparem para um rompimento imediato em 29 de março, situação que pode abrir uma crise econômica e de abastecimento no Reino Unido.
Caso o acordo de May seja aprovado, haverá um período de transição até 31 de dezembro de 2020, prorrogável por mais um ano, tempo que será usado para a negociação de um tratado comercial entre os dois lados.
O acordo atual prevê que, em caso de fracasso nas negociações comerciais, entrará em vigor o "backstop", mecanismo que impede o estabelecimento de fronteiras rígidas entre a Irlanda do Norte, território britânico, e a República da Irlanda, Estado-membro da UE.
Esse é o principal entrave do acordo, já que os "brexiteers" temem que o "backstop" crie uma espécie de fronteira entre a Irlanda do Norte e o restante do Reino Unido. Dublin, por sua vez, não abre mão do mecanismo, devido ao receio do recrudescimento da violência na fronteira. (ANSA)
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