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Xi Jinping visitará Itália para melhorar relações comerciais

19/03/2019 09h22

PEQUIM, 19 MAR (ANSA) - O presidente da China, Xi Jinping, realizará uma visita a países europeus, incluindo a Itália, entre os dias 21 e 26 de março, na tentativa de aprimorar as relações comerciais, informou nesta segunda-feira (18) o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang.   

O comunicado chinês, divulgado pela agência oficial Xinhua News, não revela detalhes da viagem, mas afirma que Xi foi convidado pelo presidente italiano, Sergio Mattarella, pelo príncipe de Mônaco, Alberto II, e pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para viajar a seus respectivos países. A visita de Xi a Roma coincidirá com o 50º aniversário das relações diplomáticas entre a China e a Itália e terá como objetivo "consolidar a amizade e aprofundar a cooperação" entre os dois países. No território italiano, entre 21 e 23 de março, o líder chinês participará de reuniões com o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, além de Mattarella, a presidente do Senado, Maria Elisabetta Casellati, e o presidente da Câmara dos Deputados, Roberto Fico. Jornais locais especulam um possível encontro entre Xi e o papa Francisco, mas até o momento não há nenhuma confirmação por parte das autoridades do Vaticano. "A missão de Xi expandirá os intercâmbios culturais e pessoais e contribuirá para as relações entre a China e a União Europeia (UE) para a paz e o desenvolvimento mundial", diz o governo chinês.   

A viagem ocorre em meio a pressão da União Europeia (UE) para a abertura comercial da China. A Itália também tem sido pressionada pelos Estados Unidos a não assinar o protocolo de entendimento, que é visto com desconfiança dentro do próprio governo. Na última semana, Conte já havia confirmado a assinatura desse memorando durante a visita a Roma do presidente chinês sobre a chamada "Belt and Road Initiative" (BRI), ou, em tradução livre, "Iniciativa do Cinturão e Rota".   

O projeto de pelo menos US$1 trilhão propõe a criação de uma extensa rede de comunicações para impulsionar a conectividade internacional e fomentar a economia digital, além de pesados investimentos da China na infraestrutura dos países que se juntarem à iniciativa. (ANSA)
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