Karadzic pega prisão perpétua por genocídio na Bósnia
BELGRADO, 20 MAR (ANSA) - O Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia, sediado em Haia, condenou nesta quarta-feira (19) o sérvio-bósnio Radovan Karadzic à prisão perpétua pelo genocídio de Srebrenica e pelo cerco a Sarajevo, no início dos anos 1990.
A sentença, que é definitiva, agrava a decisão de primeira instância, que condenara Karadzic a 40 anos de cadeia. A leitura do veredicto foi acompanhada por mulheres que perderam filhos e maridos em Srebrenica e por parentes de vítimas bosníacas.
O presidente do tribunal, o dinamarquês Vagn Joensen, disse que a corte de apelação concordou com o Ministério Público ao julgar que a sentença de 40 anos de reclusão era "inadequada", à luz da gravidade dos crimes cometidos por Karadzic. Ex-presidente da República Srpska, região de maioria étnica sérvia da Bósnia-Herzegovina, Karadzic, 73 anos, não demonstrou emoções durante a leitura da sentença. Ele é responsável pelo massacre de 8 mil muçulmanos em Srebrenica, em 1995, e por crimes contra a humanidade durante o cerco a Sarajevo.
A luta pela independência da Bósnia-Herzegovina ocorreu entre 1992 e 1995 e deixou cerca de 200 mil mortos, no pior conflito na Europa depois da Segunda Guerra Mundial. Os embates só terminaram com o Acordo de Dayton, que dividiu o país em duas entidades autônomas: a República Srpska (49% do território) e a Federação da Bósnia e Herzegovina (51%).
Seu sistema político prevê uma Presidência tripartite, com um representante bosníaco (muçulmano), um sérvio (ortodoxo) e um croata (católico), o que acabou engessando o governo e dificultando o desenvolvimento econômico da Bósnia-Herzegovina.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A sentença, que é definitiva, agrava a decisão de primeira instância, que condenara Karadzic a 40 anos de cadeia. A leitura do veredicto foi acompanhada por mulheres que perderam filhos e maridos em Srebrenica e por parentes de vítimas bosníacas.
O presidente do tribunal, o dinamarquês Vagn Joensen, disse que a corte de apelação concordou com o Ministério Público ao julgar que a sentença de 40 anos de reclusão era "inadequada", à luz da gravidade dos crimes cometidos por Karadzic. Ex-presidente da República Srpska, região de maioria étnica sérvia da Bósnia-Herzegovina, Karadzic, 73 anos, não demonstrou emoções durante a leitura da sentença. Ele é responsável pelo massacre de 8 mil muçulmanos em Srebrenica, em 1995, e por crimes contra a humanidade durante o cerco a Sarajevo.
A luta pela independência da Bósnia-Herzegovina ocorreu entre 1992 e 1995 e deixou cerca de 200 mil mortos, no pior conflito na Europa depois da Segunda Guerra Mundial. Os embates só terminaram com o Acordo de Dayton, que dividiu o país em duas entidades autônomas: a República Srpska (49% do território) e a Federação da Bósnia e Herzegovina (51%).
Seu sistema político prevê uma Presidência tripartite, com um representante bosníaco (muçulmano), um sérvio (ortodoxo) e um croata (católico), o que acabou engessando o governo e dificultando o desenvolvimento econômico da Bósnia-Herzegovina.
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