Nova Zelândia enterra primeiras vítimas de tragédia
CHRISTCHURCH, 20 MAR (ANSA) - Pelo menos duas vítimas do massacre em duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, ocorrido na última sexta-feira (15), foram enterradas nesta quarta-feira (20).
O funeral do refugiado sírio, Khalid Mustafa, 44 anos, e seu filho, Hamza, 15, reuniu centenas de pessoas, em sua maioria muçulmana, no cemitério localizado perto da mesquita de Linwood, um dos alvos do atirador australiano Brenton Tarrant.
O enterro das duas vítimas também foi acompanhado por Zaid, de 13 anos, outro filho de Mustafa, que sobreviveu ao ataque. A família do sírio vive na Nova Zelândia desde 2018, quando se refugiou da guerra civil em seu país. Além dos dois, somente outros quatro corpos dos 50 foram liberados pelas autoridades. Ontem (19), em comunicado, a polícia local afirmou que tem feito de tudo para concluir as autópsias e identificações das vítimas o mais rápido possível. O anúncio foi dado em meio a uma crescente frustração da comunidade muçulmana devido à demora na liberação dos corpos, já que habitualmente as vítimas são enterradas dentro de 24h após a morte. Segundo o comissário Mike Bush, o processo é lento porque é preciso garantir que o corpo entregue à família é o correto. Até o momento, as vítimas identificadas são: Mucaad Ibrahim, de 3 anos; os neozelandeses Hati Mohemmed Doud Nabi, 71 anos; Mohsen Mohammed Al Harbi, 63 anos; Junaid Ismail, 36; Kamel Moh'd Kamal Kamel Darwish, 38, da Jordânia. Mais cedo, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, lançou um apelo global para erradicar a ideologia racista da direita após o massacre nas duas mesquitas.
Em uma entrevista à "BBC", ela disse que rejeitou a ideia de que um aumento na imigração estava alimentando o racismo.
Questionada sobre a ascensão do nacionalismo, Ardern afirmou que o atirador era um "cidadão australiano, mas isso não quer dizer que não tenhamos uma ideologia na Nova Zelândia que seria uma afronta à maioria dos neozelandeses". Além disso, a premier ressaltou a importância e responsabilidade de "eliminar [essa ideologia] onde existe e garantir que nunca criemos um ambiente onde [ela] possa florescer". "O que a Nova Zelândia experimentou aqui foi a violência trazida contra nós por alguém que cresceu e aprende sua ideologia em outro lugar. Se quisermos garantir globalmente que somos um mundo seguro e tolerante e inclusivo, não podemos pensar sobre isso em termos de fronteira", enfatizou. Atirador As autoridades da Nova Zelândia afirmaram nesta quarta-feira (20) que o australiano Brenton Tarrant havia planejado outro ataque contra um terceiro alvo.
Segundo o comandante Mike Bush, o atirador estava a caminho do local quando foi detido pela polícia. O destino não foi revelado, porque a investigação ainda está em andamento. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O funeral do refugiado sírio, Khalid Mustafa, 44 anos, e seu filho, Hamza, 15, reuniu centenas de pessoas, em sua maioria muçulmana, no cemitério localizado perto da mesquita de Linwood, um dos alvos do atirador australiano Brenton Tarrant.
O enterro das duas vítimas também foi acompanhado por Zaid, de 13 anos, outro filho de Mustafa, que sobreviveu ao ataque. A família do sírio vive na Nova Zelândia desde 2018, quando se refugiou da guerra civil em seu país. Além dos dois, somente outros quatro corpos dos 50 foram liberados pelas autoridades. Ontem (19), em comunicado, a polícia local afirmou que tem feito de tudo para concluir as autópsias e identificações das vítimas o mais rápido possível. O anúncio foi dado em meio a uma crescente frustração da comunidade muçulmana devido à demora na liberação dos corpos, já que habitualmente as vítimas são enterradas dentro de 24h após a morte. Segundo o comissário Mike Bush, o processo é lento porque é preciso garantir que o corpo entregue à família é o correto. Até o momento, as vítimas identificadas são: Mucaad Ibrahim, de 3 anos; os neozelandeses Hati Mohemmed Doud Nabi, 71 anos; Mohsen Mohammed Al Harbi, 63 anos; Junaid Ismail, 36; Kamel Moh'd Kamal Kamel Darwish, 38, da Jordânia. Mais cedo, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, lançou um apelo global para erradicar a ideologia racista da direita após o massacre nas duas mesquitas.
Em uma entrevista à "BBC", ela disse que rejeitou a ideia de que um aumento na imigração estava alimentando o racismo.
Questionada sobre a ascensão do nacionalismo, Ardern afirmou que o atirador era um "cidadão australiano, mas isso não quer dizer que não tenhamos uma ideologia na Nova Zelândia que seria uma afronta à maioria dos neozelandeses". Além disso, a premier ressaltou a importância e responsabilidade de "eliminar [essa ideologia] onde existe e garantir que nunca criemos um ambiente onde [ela] possa florescer". "O que a Nova Zelândia experimentou aqui foi a violência trazida contra nós por alguém que cresceu e aprende sua ideologia em outro lugar. Se quisermos garantir globalmente que somos um mundo seguro e tolerante e inclusivo, não podemos pensar sobre isso em termos de fronteira", enfatizou. Atirador As autoridades da Nova Zelândia afirmaram nesta quarta-feira (20) que o australiano Brenton Tarrant havia planejado outro ataque contra um terceiro alvo.
Segundo o comandante Mike Bush, o atirador estava a caminho do local quando foi detido pela polícia. O destino não foi revelado, porque a investigação ainda está em andamento. (ANSA)
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