Presidente da Câmara Municipal de Roma é preso por corrupção
ROMA, 20 MAR (ANSA) - O presidente da Assembleia Municipal de Roma, Marcello De Vito, foi preso na manhã desta quarta-feira (20), por suspeita de corrupção em um inquérito envolvendo a construção do novo estádio do clube que leva o nome da capital italiana.
Segundo a investigação do Ministério Público, empresários agiam em acordo com De Vito, expoente do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), para obter decisões favoráveis em relação a projetos imobiliários.
O líder da Assembleia Municipal teria recebido propina de Luca Parnasi, dono dos terrenos onde o estádio da Roma será construído, para facilitar a tramitação do projeto. Parnasi está preso desde junho do ano passado.
Além da arena, a lista de obras sob suspeita inclui um hotel na antiga estação ferroviária de Trastevere e a reurbanização de uma área nos arredores da estação Ostiense. Outras três pessoas foram detidas no inquérito, incluindo o advogado Camillo Mezzacapo, que trabalhava para De Vito.
A notícia provocou choque entre os vereadores do movimento antissistema, e o líder do partido, o vice-primeiro-ministro Luigi Di Maio, já determinou a expulsão do presidente da Assembleia Municipal de Roma.
"Marcello De Vito está fora do Movimento 5 Estrelas. Assumo a responsabilidade por essa decisão, como líder político. O que foi divulgado, além de grave, é vergonhoso, moralmente baixo e representa um insulto a cada um de nós, a cada porta-voz do movimento, a cada ativista que se esforça por esse projeto", declarou.
De Vito, 45 anos, é um membro histórico do M5S e foi candidato a prefeito em 2013. Três anos mais tarde, se tornou o vereador mais votado da cidade. Essa já é a segunda prisão de um integrante do M5S por suspeita de irregularidade no projeto do novo estádio da Roma. O primeiro a ser detido foi Luca Lanzalone, ex-presidente da Acea, empresa que administra os serviços de água e energia na capital.
Em uma interceptação autorizada pela Justiça, Mezzacapo diz a De Vito: "Essa conjunção astral entre, sei lá, o alinhamento do cometa Halley... Entendeu? É difícil que aconteça... Nós, Marcé, devemos aproveitar essa coisa, nos restam dois anos". Segundo o Ministério Público, a declaração se refere à exploração do comando da Assembleia Municipal para obter lucros pessoais.
"Em Roma não há espaço para a corrupção. Quem errou não terá nenhum desconto por parte dessa gestão", disse no Facebook a prefeita Virginia Raggi. De Vito foi substituído no comando da Assembleia Municipal por Enrico Stefàno, também do M5S. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Segundo a investigação do Ministério Público, empresários agiam em acordo com De Vito, expoente do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), para obter decisões favoráveis em relação a projetos imobiliários.
O líder da Assembleia Municipal teria recebido propina de Luca Parnasi, dono dos terrenos onde o estádio da Roma será construído, para facilitar a tramitação do projeto. Parnasi está preso desde junho do ano passado.
Além da arena, a lista de obras sob suspeita inclui um hotel na antiga estação ferroviária de Trastevere e a reurbanização de uma área nos arredores da estação Ostiense. Outras três pessoas foram detidas no inquérito, incluindo o advogado Camillo Mezzacapo, que trabalhava para De Vito.
A notícia provocou choque entre os vereadores do movimento antissistema, e o líder do partido, o vice-primeiro-ministro Luigi Di Maio, já determinou a expulsão do presidente da Assembleia Municipal de Roma.
"Marcello De Vito está fora do Movimento 5 Estrelas. Assumo a responsabilidade por essa decisão, como líder político. O que foi divulgado, além de grave, é vergonhoso, moralmente baixo e representa um insulto a cada um de nós, a cada porta-voz do movimento, a cada ativista que se esforça por esse projeto", declarou.
De Vito, 45 anos, é um membro histórico do M5S e foi candidato a prefeito em 2013. Três anos mais tarde, se tornou o vereador mais votado da cidade. Essa já é a segunda prisão de um integrante do M5S por suspeita de irregularidade no projeto do novo estádio da Roma. O primeiro a ser detido foi Luca Lanzalone, ex-presidente da Acea, empresa que administra os serviços de água e energia na capital.
Em uma interceptação autorizada pela Justiça, Mezzacapo diz a De Vito: "Essa conjunção astral entre, sei lá, o alinhamento do cometa Halley... Entendeu? É difícil que aconteça... Nós, Marcé, devemos aproveitar essa coisa, nos restam dois anos". Segundo o Ministério Público, a declaração se refere à exploração do comando da Assembleia Municipal para obter lucros pessoais.
"Em Roma não há espaço para a corrupção. Quem errou não terá nenhum desconto por parte dessa gestão", disse no Facebook a prefeita Virginia Raggi. De Vito foi substituído no comando da Assembleia Municipal por Enrico Stefàno, também do M5S. (ANSA)
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