Coalizão de Salvini conquista bastião da esquerda na Itália
POTENZA, 25 MAR (ANSA) - A coalizão de direita liderada pelo ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, conquistou mais uma vitória eleitoral neste domingo (24), ao eleger o novo governador da Basilicata, histórico bastião da esquerda no país.
O ex-general da Guarda de Finanças Vito Bardi, do partido Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, obteve 42% dos votos, nove pontos a mais que o candidato do centro-esquerdista Partido Democrático (PD), Carlo Trerotola, com 33%. Já Antonio Mattia, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), alcançou 20%.
As eleições regionais na Basilicata, extremo-sul do país, tiveram afluência de 53,5% do eleitorado. Bardi também é apoiado pela ultranacionalista Liga, liderada por Salvini, e pelo partido de extrema direita Irmãos da Itália (FDI).
"Quando fui contatado, respondi 'presente'. Eu devia isso à minha terra, devia isso aos lucanos [gentílico da Basilicata].
Estamos aqui para construir o presente, é um resultado extraordinário, que premia a união da centro-direita, único horizonte possível para um bom governo", disse o ex-general.
A coalizão conservadora coleciona vitórias regionais desde o ano passado, o que vem fazendo FI e FDI aumentarem a pressão para Salvini romper sua aliança de ocasião com o M5S em âmbito nacional e formar um governo apenas com a direita.
Apesar disso, o ministro tem garantido que o atual gabinete ficará no poder por cinco anos. "A Liga triplicou os votos em um ano, vitória também na Basilicata. 7 a 0, saudações à esquerda, e agora vamos mudar a Europa", afirmou Salvini, já de olho nas eleições europeias de maio, quando a Liga deve se tornar o partido mais votado da Itália, ultrapassando o M5S.
A Basilicata, comandada por coalizões de centro-esquerda desde a década de 1970, terá pela primeira vez na história um governo de direita. A aliança conservadora já controla outras oito regiões italianas, e seus partidos se revezam na indicação dos candidatos.
Nas eleições de Abruzzo, em 10 de fevereiro, o vencedor, Marco Marsilio, foi escolhido pelo FDI, enquanto na Sardenha, no dia 24 do mesmo mês, o governador eleito, Christian Solinas, foi uma opção da Liga. As duas regiões eram governadas pela esquerda.
A coalizão de direita vem conquistando sucessivas vitórias desde o ano passado e já tirou da esquerda os governos de Friuli Veneza Giulia, Trento e Molise, além de Abruzzo e Sardenha, especialmente em função do sucesso de Salvini e da Liga, que também já comanda as ricas Lombardia e Vêneto.
O partido ultranacionalista mira nas eleições europeias de maio, quando deve se tornar a legenda mais popular do país. Com isso, a Liga espera aumentar seu cacife eleitoral frente o M5S, que entrou no governo italiano como acionista de maioria, mas vem perdendo espaço para a ascensão de Salvini. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O ex-general da Guarda de Finanças Vito Bardi, do partido Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, obteve 42% dos votos, nove pontos a mais que o candidato do centro-esquerdista Partido Democrático (PD), Carlo Trerotola, com 33%. Já Antonio Mattia, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), alcançou 20%.
As eleições regionais na Basilicata, extremo-sul do país, tiveram afluência de 53,5% do eleitorado. Bardi também é apoiado pela ultranacionalista Liga, liderada por Salvini, e pelo partido de extrema direita Irmãos da Itália (FDI).
"Quando fui contatado, respondi 'presente'. Eu devia isso à minha terra, devia isso aos lucanos [gentílico da Basilicata].
Estamos aqui para construir o presente, é um resultado extraordinário, que premia a união da centro-direita, único horizonte possível para um bom governo", disse o ex-general.
A coalizão conservadora coleciona vitórias regionais desde o ano passado, o que vem fazendo FI e FDI aumentarem a pressão para Salvini romper sua aliança de ocasião com o M5S em âmbito nacional e formar um governo apenas com a direita.
Apesar disso, o ministro tem garantido que o atual gabinete ficará no poder por cinco anos. "A Liga triplicou os votos em um ano, vitória também na Basilicata. 7 a 0, saudações à esquerda, e agora vamos mudar a Europa", afirmou Salvini, já de olho nas eleições europeias de maio, quando a Liga deve se tornar o partido mais votado da Itália, ultrapassando o M5S.
A Basilicata, comandada por coalizões de centro-esquerda desde a década de 1970, terá pela primeira vez na história um governo de direita. A aliança conservadora já controla outras oito regiões italianas, e seus partidos se revezam na indicação dos candidatos.
Nas eleições de Abruzzo, em 10 de fevereiro, o vencedor, Marco Marsilio, foi escolhido pelo FDI, enquanto na Sardenha, no dia 24 do mesmo mês, o governador eleito, Christian Solinas, foi uma opção da Liga. As duas regiões eram governadas pela esquerda.
A coalizão de direita vem conquistando sucessivas vitórias desde o ano passado e já tirou da esquerda os governos de Friuli Veneza Giulia, Trento e Molise, além de Abruzzo e Sardenha, especialmente em função do sucesso de Salvini e da Liga, que também já comanda as ricas Lombardia e Vêneto.
O partido ultranacionalista mira nas eleições europeias de maio, quando deve se tornar a legenda mais popular do país. Com isso, a Liga espera aumentar seu cacife eleitoral frente o M5S, que entrou no governo italiano como acionista de maioria, mas vem perdendo espaço para a ascensão de Salvini. (ANSA)
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