Battisti diz que não espera obter 'benefícios' da Justiça
MILÃO, 26 MAR (ANSA) - Em sua admissão de culpa nos quatro assassinatos pelos quais foi condenado à prisão perpétua, Cesare Battisti disse que não espera obter "benefícios" da Justiça, como temem os familiares de suas vítimas.
A confissão foi feita no último fim de semana, durante interrogatório com o procurador Alberto Nobili, que coordena a seção antiterrorismo do Ministério Público de Milão e o inquérito sobre eventuais coberturas dadas a Battisti em seus quase 40 anos de fuga.
"É uma oportunidade da qual quero me valer não porque espere obter benefícios, os quais sei que, na minha posição, não são previsíveis, ao menos em curto prazo, mas sim porque quero evidenciar uma escolha que eu já havia maturado quando fugi, em 1981", disse Battisti em seu depoimento a Nobili.
Em todo esse período, o italiano sempre se declarou inocente e angariou apoio de militantes de esquerda, inclusive no Brasil, que o consideravam vítima de um processo "político". Segundo Battisti, quando pensou em confessar pela primeira vez, em 1981, teve de "dissimular" sua vontade perante seus "ex-companheiros de luta armada", temendo riscos contra sua "própria vida".
"Não sou um assassino", acrescentou, justificando que agia por "motivações ideológicas", não por ter um "temperamento feroz".
Battisti tenta atualmente converter sua pena de prisão perpétua em 30 anos de cadeia, o máximo previsto pela legislação do Brasil.
Ele confessou ter assassinado o marechal da polícia penitenciária Antonio Santoro, em 6 de junho de 1978, em Údine, e o policial Andrea Campagna, em 19 de abril de 1979, em Milão.
Além disso, admitiu envolvimento no planejamento dos homicídios do joalheiro Pierluigi Torregiani, em Milão, e do açougueiro Lino Sabbadin, em Veneza, ambos no dia 16 de fevereiro de 1979.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A confissão foi feita no último fim de semana, durante interrogatório com o procurador Alberto Nobili, que coordena a seção antiterrorismo do Ministério Público de Milão e o inquérito sobre eventuais coberturas dadas a Battisti em seus quase 40 anos de fuga.
"É uma oportunidade da qual quero me valer não porque espere obter benefícios, os quais sei que, na minha posição, não são previsíveis, ao menos em curto prazo, mas sim porque quero evidenciar uma escolha que eu já havia maturado quando fugi, em 1981", disse Battisti em seu depoimento a Nobili.
Em todo esse período, o italiano sempre se declarou inocente e angariou apoio de militantes de esquerda, inclusive no Brasil, que o consideravam vítima de um processo "político". Segundo Battisti, quando pensou em confessar pela primeira vez, em 1981, teve de "dissimular" sua vontade perante seus "ex-companheiros de luta armada", temendo riscos contra sua "própria vida".
"Não sou um assassino", acrescentou, justificando que agia por "motivações ideológicas", não por ter um "temperamento feroz".
Battisti tenta atualmente converter sua pena de prisão perpétua em 30 anos de cadeia, o máximo previsto pela legislação do Brasil.
Ele confessou ter assassinado o marechal da polícia penitenciária Antonio Santoro, em 6 de junho de 1978, em Údine, e o policial Andrea Campagna, em 19 de abril de 1979, em Milão.
Além disso, admitiu envolvimento no planejamento dos homicídios do joalheiro Pierluigi Torregiani, em Milão, e do açougueiro Lino Sabbadin, em Veneza, ambos no dia 16 de fevereiro de 1979.
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