Equipe feminina de jornal vaticano renuncia para protestar
CIDADE DO VATICANO, 26 MAR (ANSA) - A fundadora e o comitê editorial da revista "Donne Chiesa Mondo", suplemento feminino mensal do jornal vaticano L'Osservatore Romano, se demitiram nesta terça-feira (26), denunciando uma "campanha" para desacreditá-las e colocá-las "sob controle direto dos homens".
O anúncio foi feito por meio de uma carta aberta dirigida ao papa Francisco, já que o diário é controlado pela Santa Sé.
"Estamos jogando a toalha porque estamos cercadas por um clima de desconfiança e deslegitimação progressiva", diz o texto, assinado por Lucetta Scaraffia, diretora e fundadora do suplemento, além de professora universitária de história contemporânea.
"Espero que o Papa leia nossa carta. A interrupção da colaboração foi decidida pelo clima que sofremos", contou Scaraffia à ANSA. A equipe editorial do suplemento, que circulava desde 2012, era inteiramente formada por mulheres.
Nos últimos meses, a revista publicou matérias sobre abusos sexuais e exploração econômica contra freiras dentro da Igreja Católica. A professora ainda contou que o comando do Osservatore levara à revista mulheres contrárias à sua linha editorial, com o objetivo de deslegitimá-la como "parte das comunicações da Santa Sé".
Além disso, publicações católicas que traduzem o "Donne Chiesa Mondo" haviam prometido parar de distribuir o suplemento. Por meio de um comunicado, o diretor do jornal, Andrea Monda, disse que sempre garantiu "autonomia e total liberdade" para o suplemento e que se limitou a "sugerir temas e pessoas".
"Nunca quis desprestigiar a revista, cujo orçamento havia sido integralmente confirmado. Foi garantida a tradução e difusão em outros países, apesar da necessidade de se conter os gastos da Cúria", acrescentou. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O anúncio foi feito por meio de uma carta aberta dirigida ao papa Francisco, já que o diário é controlado pela Santa Sé.
"Estamos jogando a toalha porque estamos cercadas por um clima de desconfiança e deslegitimação progressiva", diz o texto, assinado por Lucetta Scaraffia, diretora e fundadora do suplemento, além de professora universitária de história contemporânea.
"Espero que o Papa leia nossa carta. A interrupção da colaboração foi decidida pelo clima que sofremos", contou Scaraffia à ANSA. A equipe editorial do suplemento, que circulava desde 2012, era inteiramente formada por mulheres.
Nos últimos meses, a revista publicou matérias sobre abusos sexuais e exploração econômica contra freiras dentro da Igreja Católica. A professora ainda contou que o comando do Osservatore levara à revista mulheres contrárias à sua linha editorial, com o objetivo de deslegitimá-la como "parte das comunicações da Santa Sé".
Além disso, publicações católicas que traduzem o "Donne Chiesa Mondo" haviam prometido parar de distribuir o suplemento. Por meio de um comunicado, o diretor do jornal, Andrea Monda, disse que sempre garantiu "autonomia e total liberdade" para o suplemento e que se limitou a "sugerir temas e pessoas".
"Nunca quis desprestigiar a revista, cujo orçamento havia sido integralmente confirmado. Foi garantida a tradução e difusão em outros países, apesar da necessidade de se conter os gastos da Cúria", acrescentou. (ANSA)
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