Kiwi italiano é vendido como francês em esquema ilegal
PARIS, 26 MAR (ANSA) - As autoridades da França revelaram nesta segunda-feira (25) uma gigantesca fraude na qual um grupo de empresas rotula e vende kiwis italianos como frutas francesas para sobretaxar o alimento.
Batizada de "Kiwigate", a operação foi realizada pela Direção Geral da Concorrência, Consumo e Repressão às Fraudes (DGCCRF) e descobriu que cerca de 15 mil toneladas de kiwi foram vendidas com rótulos falsos ao longo de três anos, cerca de 12%. Segundo a agência antifraude, pelo menos sete empresas estão envolvidas no caso e seus representantes podem ser multados em até 300 mil euros, além de pegar dois anos de prisão. A investigação revelou que o grupo teria faturado 6 milhões de euros em lucros ilícitos, principalmente porque as frutas italianas foram tratadas com pesticidas, o que não é permitido no território francês. "Ao contrário dos italianos, não usamos fungicidas que os conservam por vários meses depois da colheita, então temos maiores perdas em câmaras frigoríficas, o que aumenta nossos custos de produção", explicou Francois Lafitte, presidente da associação de produtores de Kiwi francês.
De acordo com o jornal "Le Parisien", o problema não está só na origem do produto, mas também no poder de compra dos franceses, porque a fruta italiana é vendida, em média, a 50 centavos a unidade, o que representa 20 centavos a menos do que a iguaria francesa.
Estima-se que os 1100 produtores existentes na França, principalmente no sudoeste, produzem cerca de 55 mil toneladas por ano da fruta. O número, segundo a associação, não é suficiente para o consumo anual, já que é de aproximadamente 80 mil toneladas. Com isso, o país precisa importar kiwi da Itália, Nova Zelândia e Chile. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Batizada de "Kiwigate", a operação foi realizada pela Direção Geral da Concorrência, Consumo e Repressão às Fraudes (DGCCRF) e descobriu que cerca de 15 mil toneladas de kiwi foram vendidas com rótulos falsos ao longo de três anos, cerca de 12%. Segundo a agência antifraude, pelo menos sete empresas estão envolvidas no caso e seus representantes podem ser multados em até 300 mil euros, além de pegar dois anos de prisão. A investigação revelou que o grupo teria faturado 6 milhões de euros em lucros ilícitos, principalmente porque as frutas italianas foram tratadas com pesticidas, o que não é permitido no território francês. "Ao contrário dos italianos, não usamos fungicidas que os conservam por vários meses depois da colheita, então temos maiores perdas em câmaras frigoríficas, o que aumenta nossos custos de produção", explicou Francois Lafitte, presidente da associação de produtores de Kiwi francês.
De acordo com o jornal "Le Parisien", o problema não está só na origem do produto, mas também no poder de compra dos franceses, porque a fruta italiana é vendida, em média, a 50 centavos a unidade, o que representa 20 centavos a menos do que a iguaria francesa.
Estima-se que os 1100 produtores existentes na França, principalmente no sudoeste, produzem cerca de 55 mil toneladas por ano da fruta. O número, segundo a associação, não é suficiente para o consumo anual, já que é de aproximadamente 80 mil toneladas. Com isso, o país precisa importar kiwi da Itália, Nova Zelândia e Chile. (ANSA)
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