Chile condena Igreja a indenizar vítimas de pedofilia
SANTIAGO, 27 MAR (ANSA) - A Justiça do Chile determinou nesta quarta-feira (27) que a Igreja Católica pague indenizações equivalentes a US$ 150 mil para três vítimas do ex-padre pedófilo Fernando Karima, que teve seu estado clerical revogado pelo papa Francisco em setembro de 2018.
A sentença foi emitida pela Corte de Apelação de Santiago, após decisão unânime dos juízes, em benefício de James Hamilton, Juan Carlos Cruz e José Andrés Murillo. Cada um deles receberá US$ 150 mil da Igreja Católica chilena.
As denúncias foram feitas em 2010, abrindo um escândalo que até hoje abala a imagem do episcopado no país andino. O Ministério Público local contabiliza ao menos 158 casos de abuso sexual no clero, com 219 pessoas investigadas e 241 vítimas, sendo que 123 eram menores de idade na época dos supostos crimes.
Karadima foi condenado em 2011 a uma "vida de oração e penitência" e permaneceu como membro da hierarquia católica até setembro de 2018, quando o Papa revogou seu estado clerical.
Os crimes ocorreram na década de 1980, quando o ex-padre de El Bosque, nos arredores de Santiago, construiu um verdadeiro império econômico e de influência graças a doações milionárias recebidas da oligarquia chilena.
Hoje com 88 anos, Karadima foi acobertado durante décadas por parte do episcopado do Chile, principalmente o ex-bispo de Osorno Juan Barros Madrid, que perdeu o cargo em junho de 2018.
Barros foi pupilo de Karadima no seminário e era seu homem de confiança.
Cruz, Hamilton e Murillo se encontraram com o papa Francisco no início de maio, mas tiveram suas denúncias desacreditadas pela Igreja durante muitos anos. O próprio Jorge Bergoglio chegou a dizer que as acusações contra Barros eram "calúnias", mas depois pediu desculpas e reconheceu ter cometido um "erro de avaliação".
Francisco também enviou o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, para aprofundar as investigações sobre casos de pedofilia no Chile. A missão culminou em um relatório com mais de 60 testemunhas e 2,3 mil páginas, levando à renúncia coletiva de todo o episcopado do país. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A sentença foi emitida pela Corte de Apelação de Santiago, após decisão unânime dos juízes, em benefício de James Hamilton, Juan Carlos Cruz e José Andrés Murillo. Cada um deles receberá US$ 150 mil da Igreja Católica chilena.
As denúncias foram feitas em 2010, abrindo um escândalo que até hoje abala a imagem do episcopado no país andino. O Ministério Público local contabiliza ao menos 158 casos de abuso sexual no clero, com 219 pessoas investigadas e 241 vítimas, sendo que 123 eram menores de idade na época dos supostos crimes.
Karadima foi condenado em 2011 a uma "vida de oração e penitência" e permaneceu como membro da hierarquia católica até setembro de 2018, quando o Papa revogou seu estado clerical.
Os crimes ocorreram na década de 1980, quando o ex-padre de El Bosque, nos arredores de Santiago, construiu um verdadeiro império econômico e de influência graças a doações milionárias recebidas da oligarquia chilena.
Hoje com 88 anos, Karadima foi acobertado durante décadas por parte do episcopado do Chile, principalmente o ex-bispo de Osorno Juan Barros Madrid, que perdeu o cargo em junho de 2018.
Barros foi pupilo de Karadima no seminário e era seu homem de confiança.
Cruz, Hamilton e Murillo se encontraram com o papa Francisco no início de maio, mas tiveram suas denúncias desacreditadas pela Igreja durante muitos anos. O próprio Jorge Bergoglio chegou a dizer que as acusações contra Barros eram "calúnias", mas depois pediu desculpas e reconheceu ter cometido um "erro de avaliação".
Francisco também enviou o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, para aprofundar as investigações sobre casos de pedofilia no Chile. A missão culminou em um relatório com mais de 60 testemunhas e 2,3 mil páginas, levando à renúncia coletiva de todo o episcopado do país. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.