Embate entre Bolsonaro e Maia gera instabilidade no mercado
SÃO PAULO, 28 MAR (ANSA) - A tensão política entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ganhou um novo capítulo ontem (27). Os dois trocaram farpas em um tom ainda mais exaltado, o que provocou reações no mercado financeiro. Maia disse que Bolsonaro estava "brincando de presidir o país" e que está na "hora de parar de brincadeira". "Abalados estão os brasileiros que estão esperando desde 1º de janeiro que o governo comece a funcionar. São 12 milhões de desempregados, 15 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza. E o presidente brincando de presidir o Brasil", criticou Maia, na quarta-feira (27).
Bolsonaro, por sua vez, tinha atacado Maia dizendo que o presidente da Câmara estaria "abalado por questões pessoais", em uma indireta à prisão do sogro do deputado federal, ex-ministro Moreira Franco. Com o embate entre o Executivo e o Legislativo, o dólar fechou no maior valor em quase seis meses (R$ 3,954), enquanto a Bolsa apresentou forte queda. Hoje, a moeda americana chegou a bater o patamar de R$ 4, por volta das 9h30 locais, na abertura do mercado. A troca de farpas piora ainda mais o clima político no Brasil, que passa pelo delicado momento da reforma da Previdência. Teme-se que o governo não consiga articular a aprovação da reforma, um dos pilares para ajustar as contas públicas do Brasil. Enquanto isso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, um dos nomes mais fortes d e Bolsonaro, disse durante uma audiência no Senado que não descarta a possibilidade de renunciar. "Não tenho apego ao cargo, desejo de ficar a qualquer custo, como também não tenho a inconsequência e irresponsabilidade de sair na primeira derrota. Não existe isso", disse o ministro.
Para agravar a situação, uma outra crise ocorre dentro do Ministério da Educação. Chegou a circular a notícia de que o ministro Ricardo Vélez teria sido demitido, mas Bolsonaro negou.
O ministro falou nesta quarta-feira à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, durante a qual fez uma analogia com o traficante Pablo Escobar. Além disso, a partir da audiência, viralizou um vídeo em que a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) critica o ministro pela falta de um plano de educação e de conhecimento sobre "dados básicos" do Ministério, que acumula 10 demissões de alto escalão em apenas três meses de governo.
Bolsonaro prometeu discutir o impasse na Previdência e os problemas no MEC quando voltar de Israel, para onde embarca no próximo sábado (30). (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Bolsonaro, por sua vez, tinha atacado Maia dizendo que o presidente da Câmara estaria "abalado por questões pessoais", em uma indireta à prisão do sogro do deputado federal, ex-ministro Moreira Franco. Com o embate entre o Executivo e o Legislativo, o dólar fechou no maior valor em quase seis meses (R$ 3,954), enquanto a Bolsa apresentou forte queda. Hoje, a moeda americana chegou a bater o patamar de R$ 4, por volta das 9h30 locais, na abertura do mercado. A troca de farpas piora ainda mais o clima político no Brasil, que passa pelo delicado momento da reforma da Previdência. Teme-se que o governo não consiga articular a aprovação da reforma, um dos pilares para ajustar as contas públicas do Brasil. Enquanto isso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, um dos nomes mais fortes d e Bolsonaro, disse durante uma audiência no Senado que não descarta a possibilidade de renunciar. "Não tenho apego ao cargo, desejo de ficar a qualquer custo, como também não tenho a inconsequência e irresponsabilidade de sair na primeira derrota. Não existe isso", disse o ministro.
Para agravar a situação, uma outra crise ocorre dentro do Ministério da Educação. Chegou a circular a notícia de que o ministro Ricardo Vélez teria sido demitido, mas Bolsonaro negou.
O ministro falou nesta quarta-feira à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, durante a qual fez uma analogia com o traficante Pablo Escobar. Além disso, a partir da audiência, viralizou um vídeo em que a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) critica o ministro pela falta de um plano de educação e de conhecimento sobre "dados básicos" do Ministério, que acumula 10 demissões de alto escalão em apenas três meses de governo.
Bolsonaro prometeu discutir o impasse na Previdência e os problemas no MEC quando voltar de Israel, para onde embarca no próximo sábado (30). (ANSA)
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