Turco é preso em São Paulo a pedido de Erdogan
SÃO PAULO, 25 ABR (ANSA) - Um empresário turco residente em São Paulo foi preso pela Polícia Federal por conta de um pedido de extradição apresentado por seu país.
Ali Sipahi, 31 anos, é acusado pela Turquia de ligação com o movimento "Hizmet" ("Serviço", em turco), liderado pelo clérigo e magnata Fethullah Gulen, que vive exilado nos Estados Unidos e é o principal desafeto do presidente Recep Tayyip Erdogan.
Segundo a Folha de S. Paulo, Sipahi, que é dono de dois restaurantes na capital paulista, está preso preventivamente desde 6 de abril na sede local da PF, enquanto aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre sua extradição.
De acordo com o Ministério Público de Ancara, o empresário trabalha para o Centro Cultural Brasil-Turquia (CCBT), que é ligado ao Hizmet, por sua vez considerado um grupo "terrorista" por Erdogan. Além disso, ele teria depositado dinheiro em um banco vinculado ao grupo.
Sipahi é naturalizado brasileiro e tem um filho nascido no país, onde vive desde 2007. A lei nacional só permite a extradição de um cidadão do Brasil caso ele seja acusado por crimes comuns cometidos antes da naturalização.
Erdogan acusa Gulen de liderar uma tentativa de golpe de Estado em julho de 2016. Após a revolta, o presidente concentrou poderes em suas mãos e iniciou um amplo expurgo nos órgãos públicos contra supostos membros do Hizmet. O clérigo era aliado de Erdogan até 2013, mas rompeu com o governo após o fechamento de diversas escolas gulenistas na Turquia. O Hizmet se diz laico, prega uma versão moderada do Islã e possui instituições culturais e educacionais no mundo todo. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Ali Sipahi, 31 anos, é acusado pela Turquia de ligação com o movimento "Hizmet" ("Serviço", em turco), liderado pelo clérigo e magnata Fethullah Gulen, que vive exilado nos Estados Unidos e é o principal desafeto do presidente Recep Tayyip Erdogan.
Segundo a Folha de S. Paulo, Sipahi, que é dono de dois restaurantes na capital paulista, está preso preventivamente desde 6 de abril na sede local da PF, enquanto aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre sua extradição.
De acordo com o Ministério Público de Ancara, o empresário trabalha para o Centro Cultural Brasil-Turquia (CCBT), que é ligado ao Hizmet, por sua vez considerado um grupo "terrorista" por Erdogan. Além disso, ele teria depositado dinheiro em um banco vinculado ao grupo.
Sipahi é naturalizado brasileiro e tem um filho nascido no país, onde vive desde 2007. A lei nacional só permite a extradição de um cidadão do Brasil caso ele seja acusado por crimes comuns cometidos antes da naturalização.
Erdogan acusa Gulen de liderar uma tentativa de golpe de Estado em julho de 2016. Após a revolta, o presidente concentrou poderes em suas mãos e iniciou um amplo expurgo nos órgãos públicos contra supostos membros do Hizmet. O clérigo era aliado de Erdogan até 2013, mas rompeu com o governo após o fechamento de diversas escolas gulenistas na Turquia. O Hizmet se diz laico, prega uma versão moderada do Islã e possui instituições culturais e educacionais no mundo todo. (ANSA)
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