Médicos franceses suspendem alimentação de Vincent Lambert
PARIS, 20 MAI (ANSA) - Após mais de 10 anos, um dos casos que simbolizam o debate na França sobre o vim da vida se encaminha para uma conclusão. O hospital de Reims, no nordeste do país, iniciou nesta segunda-feira (20) os procedimentos para suspender as terapias que garantem a sobrevivência de Vincent Lambert, ex-bombeiro que ficou tetraplégico e em estado vegetativo por causa de um acidente de moto ocorrido em 2008.
Os médicos decidiram aplicar uma sentença emitida em 2014 pelo Conselho de Estado da França, a mais alta corte da Justiça Administrativa do país, que determinou a interrupção dos tratamentos que mantêm Lambert artificialmente vivo.
Com isso, o ex-bombeiro não receberá mais qualquer forma de alimentação ou hidratação até sua morte. O caso dividiu a família de Lambert, com a esposa e seis irmãos, que apoiam a ortotanásia (eutanásia passiva), de um lado, e os pais do paciente, católicos fervorosos, de outro.
Os genitores participaram no último domingo (19) de um protesto com mais de 200 pessoas em frente ao hospital para exigir que o filho continue recebendo tratamentos paliativos. "Estão assassinando nosso filho, são monstros", disse a mãe à BFMTV, acrescentando que foi informada pelo hospital "por email".
O advogado dos pais, Jean Paillot, ainda tentou um recurso de última hora para impedir a interrupção dos tratamentos, mas a Corte Europeia de Direitos Humanos, que já havia se pronunciado sobre o caso, negou a ação.
Uma lei em vigor na França desde 2005 veta a "persistência terapêutica" e, embora não autorize a eutanásia ativa, permite que tratamentos sejam suspensos em determinados casos.
Papa - Em seus perfis no Twitter, o papa Francisco publicou uma mensagem que alude ao caso Lambert e criticou a "cultura do descarte".
"Rezemos por aqueles que vivem em estado de grave enfermidade.
Protejamos sempre a vida, dom de Deus, desde o início até a morte natural. Não cedamos à cultura do descarte", escreveu.
Em seguida, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, retuitou a mensagem e deixou claro que se tratava do ex-bombeiro, ao acrescentar uma hashtag com o nome de Lambert. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Os médicos decidiram aplicar uma sentença emitida em 2014 pelo Conselho de Estado da França, a mais alta corte da Justiça Administrativa do país, que determinou a interrupção dos tratamentos que mantêm Lambert artificialmente vivo.
Com isso, o ex-bombeiro não receberá mais qualquer forma de alimentação ou hidratação até sua morte. O caso dividiu a família de Lambert, com a esposa e seis irmãos, que apoiam a ortotanásia (eutanásia passiva), de um lado, e os pais do paciente, católicos fervorosos, de outro.
Os genitores participaram no último domingo (19) de um protesto com mais de 200 pessoas em frente ao hospital para exigir que o filho continue recebendo tratamentos paliativos. "Estão assassinando nosso filho, são monstros", disse a mãe à BFMTV, acrescentando que foi informada pelo hospital "por email".
O advogado dos pais, Jean Paillot, ainda tentou um recurso de última hora para impedir a interrupção dos tratamentos, mas a Corte Europeia de Direitos Humanos, que já havia se pronunciado sobre o caso, negou a ação.
Uma lei em vigor na França desde 2005 veta a "persistência terapêutica" e, embora não autorize a eutanásia ativa, permite que tratamentos sejam suspensos em determinados casos.
Papa - Em seus perfis no Twitter, o papa Francisco publicou uma mensagem que alude ao caso Lambert e criticou a "cultura do descarte".
"Rezemos por aqueles que vivem em estado de grave enfermidade.
Protejamos sempre a vida, dom de Deus, desde o início até a morte natural. Não cedamos à cultura do descarte", escreveu.
Em seguida, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, retuitou a mensagem e deixou claro que se tratava do ex-bombeiro, ao acrescentar uma hashtag com o nome de Lambert. (ANSA)
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