Vaticano critica suspensão de tratamentos a Vincent Lambert
CIDADE DO VATICANO, 21 MAI (ANSA) - O Vaticano divulgou um comunicado nesta terça-feira (21) criticando a interrupção das terapias paliativas para o ex-bombeiro francês Vincent Lambert, que está em estado vegetativo desde 2008 por causa de um acidente de moto.
Após uma longa batalha judicial, os médicos do Hospital de Reims, onde o paciente está internado, decidiram suspender sua alimentação na última segunda-feira (20), o que causaria sua morte, mas um novo recurso na Justiça impediu a ortotanásia (eutanásia passiva).
"Desejamos reiterar a grave violação da dignidade da pessoa gerada pela interrupção da alimentação e da hidratação. O 'estado vegetativo', de fato, é um estado patológico certamente grave, mas que não compromete a dignidade das pessoas que estão nessa condição nem seus direitos fundamentais à vida e a receber tratamentos", diz uma nota do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e da Pontifícia Academia para a Vida.
"Alimentar um doente nunca será uma forma irracional de obstinação terapêutica, enquanto o organismo da pessoa é capaz de absorver nutrientes e hidratação. [...] A suspensão de tais terapias representa uma forma de abandono do doente, fundada em um juízo impiedoso sobre a qualidade da vida, expressão de uma cultura do descarte que seleciona as pessoas mais frágeis e indefesas", acrescenta o comunicado.
O caso Lambert dividiu sua família: a esposa e os irmãos apoiam a ortotanásia, enquanto os pais, católicos fervorosos, movem uma batalha nos tribunais para evitar a morte de seu filho. Uma lei em vigor na França desde 2005 proíbe a "persistência terapêutica" e permite a suspensão de tratamentos em determinados casos. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Após uma longa batalha judicial, os médicos do Hospital de Reims, onde o paciente está internado, decidiram suspender sua alimentação na última segunda-feira (20), o que causaria sua morte, mas um novo recurso na Justiça impediu a ortotanásia (eutanásia passiva).
"Desejamos reiterar a grave violação da dignidade da pessoa gerada pela interrupção da alimentação e da hidratação. O 'estado vegetativo', de fato, é um estado patológico certamente grave, mas que não compromete a dignidade das pessoas que estão nessa condição nem seus direitos fundamentais à vida e a receber tratamentos", diz uma nota do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e da Pontifícia Academia para a Vida.
"Alimentar um doente nunca será uma forma irracional de obstinação terapêutica, enquanto o organismo da pessoa é capaz de absorver nutrientes e hidratação. [...] A suspensão de tais terapias representa uma forma de abandono do doente, fundada em um juízo impiedoso sobre a qualidade da vida, expressão de uma cultura do descarte que seleciona as pessoas mais frágeis e indefesas", acrescenta o comunicado.
O caso Lambert dividiu sua família: a esposa e os irmãos apoiam a ortotanásia, enquanto os pais, católicos fervorosos, movem uma batalha nos tribunais para evitar a morte de seu filho. Uma lei em vigor na França desde 2005 proíbe a "persistência terapêutica" e permite a suspensão de tratamentos em determinados casos. (ANSA)
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