O espectro do abstencionismo nas eleições europeias
BRUXELAS, 22 MAI (ANSA) - Mais de 420 milhões de eleitores serão chamados às urnas entre esta quinta-feira (23) e o próximo domingo (26) para renovar o Parlamento Europeu, em um pleito que acontece sob o espectro do crescente abstencionismo no bloco.
Desde a primeira eleição na União Europeia, em 1979, quando a afluência do eleitorado foi de 62%, a participação popular diminuiu de forma contínua, até bater no recorde negativo de 42,61%, em 2014.
Nesse período, não houve um único pleito no qual a afluência às urnas na UE foi maior que no anterior. Esse fenômeno é particularmente forte nos países fundadores do bloco. Na Alemanha, a participação caiu de 66% para 48% em 35 anos; na França, de 61% a 42%; na Itália, de 85% para 57%.
Já o Reino Unido, que não participou da criação da UE e sempre manteve certa distância de Bruxelas, nunca levou mais de 40% de seus eleitores às urnas.
Apenas em países com voto obrigatório, como Bélgica e Luxemburgo, a participação se aproximou de 90% em 2014, ano em que Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Hungria e República Tcheca registraram afluência inferior a 30%.
A crescente abstenção dos eleitores na UE pode ser explicada por uma pesquisa Eurobarômetro, do Parlamento Europeu, que diz que a maior parte dos cidadãos comunitários considera "muito baixo" seu impacto nas eleições europeias.
Segundo a sondagem, muitas pessoas não votarão porque acreditam que o resultado não mudará suas vidas, porque não confiam no sistema político ou porque não estão interessadas na política europeia.
Apenas 32% dos eleitores têm uma opinião positiva sobre o Parlamento, enquanto 21% o enxergam de maneira negativa. A maioria relativa, 43%, permanece neutra ou desinteressada. Para tentar reverter essa tendência, o poder Legislativo da UE lançou até uma campanha chamada "Desta vez eu voto", que incentiva os cidadãos a participarem. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Desde a primeira eleição na União Europeia, em 1979, quando a afluência do eleitorado foi de 62%, a participação popular diminuiu de forma contínua, até bater no recorde negativo de 42,61%, em 2014.
Nesse período, não houve um único pleito no qual a afluência às urnas na UE foi maior que no anterior. Esse fenômeno é particularmente forte nos países fundadores do bloco. Na Alemanha, a participação caiu de 66% para 48% em 35 anos; na França, de 61% a 42%; na Itália, de 85% para 57%.
Já o Reino Unido, que não participou da criação da UE e sempre manteve certa distância de Bruxelas, nunca levou mais de 40% de seus eleitores às urnas.
Apenas em países com voto obrigatório, como Bélgica e Luxemburgo, a participação se aproximou de 90% em 2014, ano em que Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Hungria e República Tcheca registraram afluência inferior a 30%.
A crescente abstenção dos eleitores na UE pode ser explicada por uma pesquisa Eurobarômetro, do Parlamento Europeu, que diz que a maior parte dos cidadãos comunitários considera "muito baixo" seu impacto nas eleições europeias.
Segundo a sondagem, muitas pessoas não votarão porque acreditam que o resultado não mudará suas vidas, porque não confiam no sistema político ou porque não estão interessadas na política europeia.
Apenas 32% dos eleitores têm uma opinião positiva sobre o Parlamento, enquanto 21% o enxergam de maneira negativa. A maioria relativa, 43%, permanece neutra ou desinteressada. Para tentar reverter essa tendência, o poder Legislativo da UE lançou até uma campanha chamada "Desta vez eu voto", que incentiva os cidadãos a participarem. (ANSA)
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