Crise climática ameaça futuro da humanidade, diz Papa
CIDADE DO VATICANO, 14 JUN (ANSA) - Em reunião com executivos de algumas das principais empresas de petróleo do mundo, o papa Francisco fez nesta sexta-feira (14) um duro discurso sobre as mudanças climáticas e cobrou ações para combater os efeitos do aquecimento global.
O evento, realizado no Vaticano, reuniu CEOs de empresas como a americana ExxonMobil, a anglo-holandesa Royal Dutch Shell, a francesa Total e a italiana ENI, além de gestores de fundos de investimento e acadêmicos.
"A atual crise ecológica, especialmente as mudanças climáticas, ameaça o próprio futuro da família humana. Ignoramos coletivamente por muito tempo os frutos das análises científicas, e as previsões catastróficas agora não podem mais ser olhadas com desprezo e ironia", disse o Papa.
Segundo Francisco, as futuras gerações estão "às portas de herdar um mundo muito arruinado". "Nossos filhos e netos não deveriam pagar o custo das irresponsabilidades de nossa geração.
Desculpem-me, mas quero destacar isso: eles, os nossos filhos, os nossos netos, não deveriam pagar, não é justo que eles paguem o custo de nossa irresponsabilidade", acrescentou.
Jorge Bergoglio ainda ressaltou que os pobres são os mais afetados pelas mudanças no clima e os mais "vulneráveis a furacões, secas, inundações e outros eventos extremos". "Por isso, pede-se coragem para responder ao grito cada vez mais desesperado da Terra e de seus pobres", declarou.
O Papa também defendeu uma "transição energética radical" e uma "política de preços para o carbono". Após o encontro, o CEO da ENI, Claudio Descalzi, disse que, quatro anos após o Acordo de Paris, é preciso "mudar o ritmo". "Os progressos são insuficientes, e as emissões continuam crescendo. Todos devem fazer sua parte", reconheceu.
A luta pelo meio ambiente é uma das bandeiras do pontificado de Francisco e tema de sua primeira encíclica, a "Louvado seja", que prega a criação de um novo modelo de desenvolvimento. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O evento, realizado no Vaticano, reuniu CEOs de empresas como a americana ExxonMobil, a anglo-holandesa Royal Dutch Shell, a francesa Total e a italiana ENI, além de gestores de fundos de investimento e acadêmicos.
"A atual crise ecológica, especialmente as mudanças climáticas, ameaça o próprio futuro da família humana. Ignoramos coletivamente por muito tempo os frutos das análises científicas, e as previsões catastróficas agora não podem mais ser olhadas com desprezo e ironia", disse o Papa.
Segundo Francisco, as futuras gerações estão "às portas de herdar um mundo muito arruinado". "Nossos filhos e netos não deveriam pagar o custo das irresponsabilidades de nossa geração.
Desculpem-me, mas quero destacar isso: eles, os nossos filhos, os nossos netos, não deveriam pagar, não é justo que eles paguem o custo de nossa irresponsabilidade", acrescentou.
Jorge Bergoglio ainda ressaltou que os pobres são os mais afetados pelas mudanças no clima e os mais "vulneráveis a furacões, secas, inundações e outros eventos extremos". "Por isso, pede-se coragem para responder ao grito cada vez mais desesperado da Terra e de seus pobres", declarou.
O Papa também defendeu uma "transição energética radical" e uma "política de preços para o carbono". Após o encontro, o CEO da ENI, Claudio Descalzi, disse que, quatro anos após o Acordo de Paris, é preciso "mudar o ritmo". "Os progressos são insuficientes, e as emissões continuam crescendo. Todos devem fazer sua parte", reconheceu.
A luta pelo meio ambiente é uma das bandeiras do pontificado de Francisco e tema de sua primeira encíclica, a "Louvado seja", que prega a criação de um novo modelo de desenvolvimento. (ANSA)
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