Topo

EUA divulgam vídeo e acusam Irã por explosões de petroleiros

14/06/2019 11h14

SÃO PAULO, 14 JUN (ANSA) - Os Estados Unidos acusaram o Irã pelas explosões de dois petroleiros no Golfo de Omã ocorridas ontem (13). Washington divulgou um vídeo que mostra o suposto envolvimento de forças especiais iranianas nos acidentes, o que eleva ainda mais a tensão política com Teerã.   

A Marinha dos Estados Unidos disse que recebeu duas chamadas de socorro, uma do petroleiro norueguês Front Altair e outra do japonês Kokuka Courageous, os quais explodiram ontem. A Marinha também afirmou que observou navios iranianos operando na região horas após as explosões. Pelo vídeo divulgado pelos EUA, forças especiais do Irã aparecem retirando uma mina não detonada de um navio - em uma possível tentativa de remover evidências do envolvimento no ataque -. Para o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, o Irã é culpado pelas explosões. "Essa avaliação é feita com base em inteligência, no tipo de arma usada, no nível de expertise necessário para executar a operação, em ataques similares do Irã contra embarcações e no fato de que nenhum grupo operando na área tem os recursos e a proficiência para agir com tal sofisticação", disse Pompeo.   

Por sua vez, governo do Irã nega categoricamente a acusação de envolvimento nas explosões.   

As tripulações de ambos os petroleiros foram evacuadas para outros navios nas proximidades. Tanto o Irã quanto os EUA divulgaram fotos mostrando a tripulação resgatada a bordo de seus navios.   

O Front Altair transportava nafta, um derivado de petróleo, dos Emirados Árabes Unidos para Taiwan. Já o Kokuka Courageous levava metanol da Arábia Saudita para Cingapura.   

Os Estados Unidos e o Irã enfrentam tensões há anos, mas o clima piorou quando o republicano Donald Trump chegou à Casa Branca.   

As explosões ocorreram justamente durante a visita do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ao Irã. A viagem de Abe, um aliado dos EUA, tinha como pano de fundo um sinal de mediação e diálogo. (ANSA)
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.