UE cobra solução para navio com 43 migrantes
BRUXELAS, 24 JUN (ANSA) - A Comissão Europeia cobrou nesta segunda-feira (24) que os Estados-membros do bloco encontrem uma solução para o navio Sea Watch 3, que leva 43 migrantes a bordo e está há mais de 10 dias no limite das águas territoriais da Itália.
O grupo, que inicialmente contava com 53 pessoas, foi resgatado no último dia 12 de junho, quando estava em um barco superlotado a 47 milhas náuticas da costa da Líbia, cuja Guarda Costeira indicou Trípoli como "porto seguro".
As ONGs que atuam no Mediterrâneo, no entanto, afirmam que o país africano, esfacelado por oito anos de guerras de milícias, não respeita os direitos humanos de migrantes, e o navio da ONG alemã Sea Watch seguiu em direção à Itália, a nação "segura" mais próxima.
A embarcação, no entanto, foi impedida de entrar em águas territoriais italianas, sob pena de ser multada em até 50 mil euros. O governo da Itália autorizou o desembarque de 10 pessoas por razões médicas, mas impediu o navio de atracar.
Desde 15 de junho, o Sea Watch 3 se encontra no limite das águas territoriais italianas, a 15 milhas náuticas da ilha de Lampedusa. "Apreciando o fato de que a Itália evacuou pessoas por razões médicas, a Comissão Europeia apela aos Estados-membros que encontrem uma solução para as pessoas que ficaram a bordo", disse uma porta-voz do poder Executivo da União Europeia.
Segundo a Sea Watch, que é sediada na Alemanha e usa um navio de bandeira holandesa, mais de 60 cidades já se ofereceram para receber os migrantes.
"A União Europeia quer resolver o problema da Sea Watch? Fácil.
Navio holandês, ONG alemã: metade dos migrantes para Amsterdã, a outra metade para Berlim, e apreensão do navio pirata", afirmou o ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini.
A ONG entrou com um pedido de medida cautelar no Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo, na França, para obrigar a Itália a abrir seus portos.
Números - De acordo com o último relatório anual do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), tanto a Alemanha quanto a Holanda abrigam proporcionalmente mais deslocados internacionais do que a Itália.
A Alemanha acolhe 1,4 milhão, o que equivale a 1,73% de sua população, enquanto a Holanda abriga 114,1 mil, 0,66% de seu total de habitantes. Já a Itália, com 294,8 mil refugiados e solicitantes de refúgio, tem um índice de 0,48%, uma vez que muitos migrantes forçados usam o país apenas como porta de entrada na UE e seguem viagem rumo ao norte. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O grupo, que inicialmente contava com 53 pessoas, foi resgatado no último dia 12 de junho, quando estava em um barco superlotado a 47 milhas náuticas da costa da Líbia, cuja Guarda Costeira indicou Trípoli como "porto seguro".
As ONGs que atuam no Mediterrâneo, no entanto, afirmam que o país africano, esfacelado por oito anos de guerras de milícias, não respeita os direitos humanos de migrantes, e o navio da ONG alemã Sea Watch seguiu em direção à Itália, a nação "segura" mais próxima.
A embarcação, no entanto, foi impedida de entrar em águas territoriais italianas, sob pena de ser multada em até 50 mil euros. O governo da Itália autorizou o desembarque de 10 pessoas por razões médicas, mas impediu o navio de atracar.
Desde 15 de junho, o Sea Watch 3 se encontra no limite das águas territoriais italianas, a 15 milhas náuticas da ilha de Lampedusa. "Apreciando o fato de que a Itália evacuou pessoas por razões médicas, a Comissão Europeia apela aos Estados-membros que encontrem uma solução para as pessoas que ficaram a bordo", disse uma porta-voz do poder Executivo da União Europeia.
Segundo a Sea Watch, que é sediada na Alemanha e usa um navio de bandeira holandesa, mais de 60 cidades já se ofereceram para receber os migrantes.
"A União Europeia quer resolver o problema da Sea Watch? Fácil.
Navio holandês, ONG alemã: metade dos migrantes para Amsterdã, a outra metade para Berlim, e apreensão do navio pirata", afirmou o ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini.
A ONG entrou com um pedido de medida cautelar no Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo, na França, para obrigar a Itália a abrir seus portos.
Números - De acordo com o último relatório anual do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), tanto a Alemanha quanto a Holanda abrigam proporcionalmente mais deslocados internacionais do que a Itália.
A Alemanha acolhe 1,4 milhão, o que equivale a 1,73% de sua população, enquanto a Holanda abriga 114,1 mil, 0,66% de seu total de habitantes. Já a Itália, com 294,8 mil refugiados e solicitantes de refúgio, tem um índice de 0,48%, uma vez que muitos migrantes forçados usam o país apenas como porta de entrada na UE e seguem viagem rumo ao norte. (ANSA)
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