Pobres serão mais impactados em 'apartheid climático',diz ONU
ROMA, 25 JUN (ANSA) - O relator especial da ONU para a pobreza extrema e direitos humanos, Philip Alston, alertou que o planeta está a caminho de um "apartheid climático", no qual os ricos pagam para escapar dos piores efeitos do aquecimento global enquanto os pobres sofrem o impacto. Em um relatório, apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, Alston criticou as medidas tomadas pelos órgãos da entidade como "inadequadas" e que não salvarão a Terra do "desastre iminente".
O principal alerta do documento, baseado em pesquisas científicas, é que os pobres do mundo provavelmente sofrerão mais com o aumento das temperaturas e a potencial escassez de alimentos e conflitos que possam acompanhar essa mudança. Para Alston, "a mudança climática ameaça desfazer o progresso dos últimos 50 anos no desenvolvimento, saúde global e redução da pobreza" e poderá deixar sem abrigo 140 milhões de pessoas de países em desenvolvimento, até 2050.
Segundo ele, espera-se que os países em desenvolvimento sofram pelo menos 75% dos custos das alterações climáticas, apesar do fato de que a metade mais pobre da população mundial gera apenas 10% das emissões de dióxido de carbono.
"Esta oportunidade deve servir como um catalisador para os Estados cumprirem os direitos econômicos e sociais há muito ignorados, incluindo a segurança social e o acesso à alimentação, saúde, abrigo e trabalho digno", explicou.
Alston ainda ressaltou que o aquecimento global "pode levar mais de 120 milhões de pessoas à pobreza até 2030". Além disso, esta crise não só afetará os direitos básicos como também os direitos políticos e civis, o que põe a democracia e o Estado de Direito em risco "O risco de descontentamento da comunidade, a desigualdade crescente e até os níveis significativos de privação entre alguns grupos estimularão provavelmente respostas nacionalistas, xenófobas e racistas", finalizou o relator da ONU. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O principal alerta do documento, baseado em pesquisas científicas, é que os pobres do mundo provavelmente sofrerão mais com o aumento das temperaturas e a potencial escassez de alimentos e conflitos que possam acompanhar essa mudança. Para Alston, "a mudança climática ameaça desfazer o progresso dos últimos 50 anos no desenvolvimento, saúde global e redução da pobreza" e poderá deixar sem abrigo 140 milhões de pessoas de países em desenvolvimento, até 2050.
Segundo ele, espera-se que os países em desenvolvimento sofram pelo menos 75% dos custos das alterações climáticas, apesar do fato de que a metade mais pobre da população mundial gera apenas 10% das emissões de dióxido de carbono.
"Esta oportunidade deve servir como um catalisador para os Estados cumprirem os direitos econômicos e sociais há muito ignorados, incluindo a segurança social e o acesso à alimentação, saúde, abrigo e trabalho digno", explicou.
Alston ainda ressaltou que o aquecimento global "pode levar mais de 120 milhões de pessoas à pobreza até 2030". Além disso, esta crise não só afetará os direitos básicos como também os direitos políticos e civis, o que põe a democracia e o Estado de Direito em risco "O risco de descontentamento da comunidade, a desigualdade crescente e até os níveis significativos de privação entre alguns grupos estimularão provavelmente respostas nacionalistas, xenófobas e racistas", finalizou o relator da ONU. (ANSA)
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