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São Paulo e Rio de Janeiro brigam para receber Fórmula 1

25/06/2019 10h50

SÃO PAULO, 25 JUN (ANSA) - São Paulo e Rio de Janeiro estão em um duelo para decidir quem sediará o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. A disputa entre os dois estados esquentou ainda mais nesta segunda-feira (24) após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ter afirmado que há "99% de chance" da prova ser disputada em terras cariocas a partir de 2021.   


No entanto, São Paulo, que sedia o GP do Brasil no autódromo de Interlagos desde 1990, não pretende deixar o Rio de Janeiro vencer essa queda de braço tão facilmente. Ontem (24), o governador do estado, João Doria, declarou que manter a corrida na capital paulista é uma "questão econômica", e não política.   


"Não é uma questão de desejo pessoal. Não é uma questão política, é uma questão econômica. É como tirar o Rock in Rio do Rio e migrar para São Paulo", disse Doria.   


O contrato de São Paulo com a Fórmula 1 termina no final de 2020 e a manutenção do evento em Interlagos ainda não foi confirmada.   


Hoje (25), a partir das 13h30 (horário de Brasília), no Palácio dos Bandeirantes, Doria e o prefeito, Bruno Covas, irão se reunir com os representantes da categoria para discutir a permanência da cidade no calendário das próximas temporadas da F1.   


O presidente da Formula One Management (FOM), empresa que detém os direitos comerciais da F1, Chase Carey, declarou ao lado de Bolsonaro que o Rio de Janeiro ainda não fechou nenhum acordo.   


Além disso, revelou que as negociações com São Paulo ainda estão de pé.   


Bolsonaro, por sua vez, disse na entrevista coletiva no Palácio do Planalto que "ninguém está tirando a F1 de São Paulo". Além de ter declarado que "há 99% de chance" do Rio de Janeiro sediar a prova a partir de 2021.   


O Brasil é um dos países mais importantes para a Fórmula 1, já que registra uma das maiores audiências. Somente em 2018, 115,8 milhões de telespectadores viram pelo menos um GP da categoria.   


O evento também é importante economicamente para São Paulo, já que movimentou no ano passado R$ 334 milhões.   


O país sedia anualmente uma prova da F1 desde 1972. Além de Interlagos, o GP do Brasil já foi disputado no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, sendo a última em 1989. No entanto, o circuito foi demolido em 2012 para receber as instalações dos Jogos Olímpicos de 2016.   


No entanto, São Paulo foi pego de surpresa após Bolsonaro ter assinado um termo de compromisso para levantar do zero um novo autódromo em Deodoro, na zona oeste do Rio de Janeiro.(ANSA)
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