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No Dia da Bastilha, Macron reforça cooperação europeia

14/07/2019 11h30

PARIS, 14 JUL (ANSA) - A Festa Nacional Francesa, celebrada neste domingo (14) para comemorar a queda da Bastilha, foi marcada por uma reunião entre o presidente Emmanuel Macron e líderes europeus para discutir um projeto conjunto de defesa.   

Após a parada militar de 14 de julho na Champs-Élysées, Macron presidiu um almoço de trabalho com 11 líderes europeus, incluindo a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg.   

Entre os 11 convidados, nove representam países da chamada Iniciativa Europeia de Intervenção (IEI), um projeto lançado pela França para definir estratégias comuns de defesa na Europa, operando fora das estruturas da União Europeia e da OTAN.   

O objetivo é ter uma força capaz de se posicionar rapidamente em caso de agressões militares ou desastres naturais nos países signatários: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Holanda, Portugal e Reino Unido.   

A Itália, que vive às turras com a França desde que a Liga e o Movimento 5 Estrelas (M5S) assumiram o governo, não faz parte da IEI. Já tendo em vista a saída de cena de Merkel, Macron tenta assumir a liderança do projeto de integração europeia para fazer frente ao crescimento dos nacionalismos e às ameaças externas representadas por Donald Trump e Vladimir Putin.   

Um dia antes da Festa Nacional Francesa, Macron já havia anunciado, em discurso às Forças Armadas, a criação de um "comando militar espacial" em setembro.   

Segundo o mandatário, a unidade funcionará no âmbito da Aeronáutica e se tornará uma "força militar do ar e do espaço".   

A iniciativa é uma reação à decisão de Trump de lançar em 2020 um "exército espacial".   

Parada - O desfile do Dia da Bastilha em Paris reuniu 4 mil militares, 69 aviões e 39 helicópteros, mas a principal atração foi um homem "flutuando" pela Champs-Élysées graças a um dispositivo voador.   

A parada também teve vaias a Macron, especialmente por parte dos chamados "coletes amarelos", cujos protestos abalaram a popularidade do presidente no fim do ano passado. (ANSA)
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