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Governo Bolsonaro libera 51 agrotóxicos e totaliza 290 no ano

23/07/2019 10h57

SÃO PAULO, 23 JUL (ANSA) - O Ministério da Agricultura aprovou nesta segunda-feira (22) o uso de mais 51 tipos de agrotóxicos no mercado brasileiro. O ritmo de liberação dos novos pesticidas é considerado o mais alto já registrado para o período. Do número total, 44 são genéricos, com princípios ativos já autorizados, sete são produtos formulados, sendo seis inseticidas e um herbicida. Os inseticidas contêm o ingrediente ativo sulfoxaflor, que controla pragas como pulgão, mosca branca e psilídeo, conhecidos por atacar frutas e grãos. Na listagem publicada no Diário Oficial da União (DOU), 28 estão classificados como medianamente tóxicos, 17 como extremamente tóxicos, cinco são pouco tóxicos e um é altamente tóxico. Ainda de acordo com o documento, 27 desses produtos são perigosos ao meio ambiente, 18 são muito perigosos, cinco são pouco perigosos e um altamente perigoso.   


Segundo dados do Greenpeace, desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro, 290 substâncias foram liberadas para utilização. A análise ainda revela que, deste número total, pelo menos 32% dos produtos já são proibidos em toda a União Europeia. O ritmo da aprovação dessa nova lista já é a maior em relação aos últimos anos. Em 2018, 229 produtos foram liberados entre janeiro e julho, totalizando 422 no ano, enquanto que em 2017, foram 195 produtos no primeiro semestre e 405 no ano. O Brasil é considerado o maior consumidor de agrotóxicos do mundo em números absolutos. Um relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) revelou que a agricultura brasileira chegou a usar 539,9 mil toneladas de pesticidas em 2017. Anvisa - Hoje (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve votar um novo marco regulatório para avaliação e classificação toxicológica de agrotóxicos. O tema está na pauta de uma reunião com a diretoria da Anvisa que acontece em Brasília. O encontro é realizado um dia depois do governo liberar mais 51 agrotóxicos. (ANSA)
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