Navio Open Arms rejeita oferta da Espanha e segue à deriva
ROMA, 19 AGO (ANSA) - O governo da Espanha se ofereceu para receber os 107 imigrantes que ainda estão a bordo do navio Open Arms, da ONG espanhola Proactiva, que está à deriva há 18 dias no Mediterrâneo. A oferta, no entanto, foi recusada pela entidade, que atua no resgate de imigrantes e refugiados.
"Rejeitamos a oferta da Espanha pelo fato de que, após 26 dias de missão, 18 dias no mar com 107 pessoas em situações críticas e emergenciais, não somos capazes de enfrentar mais cinco dias no mar", disse o fundador da ONG, Oscar Camps.
"Não podemos colocar em risco a segurança de todas essas pessoas. Elas devem desembarcar imediatamente, porque estamos em um situação de emergência humanitária", completou, por sua vez, Laura Lanuza, diretora de comunicação da Proactiva Open Arms. A decisão da ONG irritou ainda mais o ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, do partido nacionalista Liga Norte. "É inacreditável e inaceitável. Organizam cruzeiros turísticos e eles que decidem onde vão desembarcar? Eu não desistirei. A Itália não será mais o campo de refugiados da Europa", afirmou. Desde que assumiu o governo italiano, em junho de 2018, Salvini colocou em prática uma política de restrição a imigrantes e ONGs que, diariamente, desembarcavam nos portos do sul da Itália.
O político exige que outros países da Europa assumam a responsabilidade pelos imigrantes e participem de um sistema de divisão para acolher os náufragos resgatados no Mediterrâneo, a fim de aliviar a pressão sobre a Itália. Salvini chegou a emitir uma ordem na semana passada que proibia o navio Open Arms de entrar em águas italianas, a qual foi derrubada pela Justiça. Com isso, a embarcação se aproximou da ilha de Lampedusa, no sul do país, onde está atracada, mas sem realizar desembarques. A Open Arms tinha retirado do mar cerca de 150 pessoas e, agora, conta com 107 imigrantes a bordo. O restante deixou o barco para atendimento médico. O caso, além de provocar tensão na Itália, está gerando uma crise também na Espanha. Depois da negativa para a oferta de desembarque em Algeciras, na Espanha, o governo de Madri estaria disposto a oferecer o porto de Maiorca, que fica a 1.000 km de Lampedusa, segundo o jornal "El País".
Na semana passada, seis países europeus tinham se oferecido para receber parcialmente os imigrantes da Open Arms (França, Alemanha, Luxemburgo, Portugal, Romênia e a própria Espanha). O governo da Itália, porém, disse que não recebeu nenhuma comunicação oficial sobre isso. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Rejeitamos a oferta da Espanha pelo fato de que, após 26 dias de missão, 18 dias no mar com 107 pessoas em situações críticas e emergenciais, não somos capazes de enfrentar mais cinco dias no mar", disse o fundador da ONG, Oscar Camps.
"Não podemos colocar em risco a segurança de todas essas pessoas. Elas devem desembarcar imediatamente, porque estamos em um situação de emergência humanitária", completou, por sua vez, Laura Lanuza, diretora de comunicação da Proactiva Open Arms. A decisão da ONG irritou ainda mais o ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, do partido nacionalista Liga Norte. "É inacreditável e inaceitável. Organizam cruzeiros turísticos e eles que decidem onde vão desembarcar? Eu não desistirei. A Itália não será mais o campo de refugiados da Europa", afirmou. Desde que assumiu o governo italiano, em junho de 2018, Salvini colocou em prática uma política de restrição a imigrantes e ONGs que, diariamente, desembarcavam nos portos do sul da Itália.
O político exige que outros países da Europa assumam a responsabilidade pelos imigrantes e participem de um sistema de divisão para acolher os náufragos resgatados no Mediterrâneo, a fim de aliviar a pressão sobre a Itália. Salvini chegou a emitir uma ordem na semana passada que proibia o navio Open Arms de entrar em águas italianas, a qual foi derrubada pela Justiça. Com isso, a embarcação se aproximou da ilha de Lampedusa, no sul do país, onde está atracada, mas sem realizar desembarques. A Open Arms tinha retirado do mar cerca de 150 pessoas e, agora, conta com 107 imigrantes a bordo. O restante deixou o barco para atendimento médico. O caso, além de provocar tensão na Itália, está gerando uma crise também na Espanha. Depois da negativa para a oferta de desembarque em Algeciras, na Espanha, o governo de Madri estaria disposto a oferecer o porto de Maiorca, que fica a 1.000 km de Lampedusa, segundo o jornal "El País".
Na semana passada, seis países europeus tinham se oferecido para receber parcialmente os imigrantes da Open Arms (França, Alemanha, Luxemburgo, Portugal, Romênia e a própria Espanha). O governo da Itália, porém, disse que não recebeu nenhuma comunicação oficial sobre isso. (ANSA)
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