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Brasil pode classificar Hamas e Hezbollah como terroristas

20/08/2019 13h52

SÃO PAULO, 20 AGO (ANSA) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (20) que o Brasil provavelmente classificará oficialmente o grupo xiita libanês Hezbollah como "organização terrorista". O grupo é um dos principais movimentos políticos do Líbano e conta com um braço paramilitar apoiado pelo Irã. Em árabe, seu nome significa "partido de Alá". A declaração foi dada a jornalistas no Palácio da Alvorada depois que Bolsonaro foi questionado se teria a mesma atitude dos Estados Unidos, que classificaram o Hezbollah como terrorista. Ontem(19), o governo paraguaio também seguiu a mesma linha.   


"Pretendo fazer isso aí. Eles são terroristas", afirmou Bolsonaro.   


O mandatário brasileiro também ressaltou que o governo possui informações de que há representantes do grupo na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. "Temos informes que têm pessoas deles por aqui também, tríplice fronteira, grupo do crime organizado no Brasil. Eles são unidos.   


Podem não ser muito organizados, mas são unidos", completou.   


Durante a entrevista, Bolsonaro ainda fez comparações do Hezbollah com o Movimento os Trabalhadores Sem-Terra (MST) no Brasil. Segundo ele, ambos são terroristas. "São grupos terroristas, como o MST, para mim, também é grupo terrorista. Os caras levam o terror no campo aqui. Queimam propriedades. Desestimula o homem do campo a produzir. É no Brasil todo, essa praga do MST", acrescentou. Nas últimas semanas, as autoridades brasileiras têm demonstrado a intenção de classificar o grupo como terrorista, assim como fizeram a Argentina, Austrália, Canadá, Israel, Japão, Reino Unido e União Europeia.   


A legislação do Brasil, no entanto, só prevê que um grupo seja declarado terrorista caso haja um reconhecimento anterior pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante a campanha no ano passado, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, já havia defendido uma postura forte do governo contra o Hezbollah e o palestino Hamas. (ANSA)
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