Topo

Macron cobra ação do G7 sobre situação na Amazônia

22/08/2019 18h19

SÃO PAULO, 22 AGO (ANSA) - O presidente da França, Emmanuel Macron, usou seu perfil no Twitter nesta quinta-feira (22) para classificar o aumento no número de queimadas na Amazônia de "crise internacional" e pedir que os líderes do G7 tratem o tema como uma emergência. "Nossa casa queima. Literalmente. A Amazônia, o pulmão de nosso planeta, que produz 20% de nosso oxigênio, arde em chamas. É uma crise internacional", escreveu.   

"Membros do G7, vamos nos encontrar daqui a dois dias para falar dessa urgência!", acrescentou Macron.   

Pouco tempo antes da publicação, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou que o Itamaraty criará um grupo de trabalho com o governo francês para tratar a questão do desmatamento na floresta. "As autoridades sabem qual é o nosso compromisso, com a França nós já combinamos de criar um grupo de trabalho para troca de informações, para que possamos dar as informações mais atuais sobre os esforços de combate ao desmatamento", explicou.   

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, por sua vez, afirmou que o discurso de países europeus sobre o desmatamento na floresta é uma política para criar barreiras ao Brasil. De acordo com ele, "o Brasil desmata, mas não no nível e no índice que é dito" e os europeus têm dois motivos principais para atacar o país: confrontar os princípios capitalistas e impor barreiras ao crescimento brasileiro.   

"O Brasil é país que cuida muito bem do seu meio ambiente, não precisamos de lição de ninguém", acrescentou. No início da semana, dados divulgados pelo Programa Queimadas do Inpe informaram que as queimadas no Brasil aumentaram 82% em relação ao ano de 2018. Nos primeiros oito meses de 2019, foram registrados 71.497 focos de queimadas, contra 39.194 no ano anterior. O número foi o maior em sete anos. Na segunda-feira (19), o "dia virou noite" em São Paulo, no Mato Grosso do Sul e no norte do Paraná em decorrência de uma forte névoa, o que, segundo especialista, foi causado por uma nuvem com fumaça originada das queimadas da floresta amazônica nos estados do Norte. ONU - Mais cedo, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou estar "profundamente preocupado com os incêndios na floresta amazônica. "No meio da crise climática global, não podemos permitir mais danos a uma fonte importante de oxigênio e biodiversidade. A Amazônia deve ser protegida", escreveu no Twitter. (ANSA)
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.