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Presidente da Itália fará novas consultas para formar governo

22/08/2019 15h36

ROMA, 22 AGO (ANSA) - Após a renúncia do primeiro-ministro Giuseppe Conte, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, anunciou nesta quinta-feira (22) que fará novas consultas para chegar a um acordo para resolver a crise aberta no governo italiano. "Vou realizar novas consultas que começarão na próxima terça-feira (27) para tirar conclusões e tomar as decisões necessárias", afirmou o mandatário, ressaltando que a única possibilidade é um governo que tenha confiança do Parlamento com base em um programa.   

Durante pronunciamento no Palácio do Quirinale, o chefe de Estado afirmou que "só os governos que obtêm a confiança do Parlamento, com acordos de grupo sobre um programa para governar o país, são possíveis. Na ausência dessas condições o caminho é o das eleições".   

A decisão de realizar novas conversas ocorre após Mattarella se reunir com líderes dos partidos políticos que compõem o Parlamento, incluindo os principais nomes envolvidos na crise: o líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), Luigi Di Maio, e o da Liga Norte, Matteo Salvini, que sustentavam o governo de Conte. O líder da extrema-direita, por sua vez, defende a convocação de eleições antecipadas, o que, segundo Mattarella, somente "será necessário se o Parlamento for incapaz de expressar uma maioria do governo". Nos últimos dias, uma possível aliança entre o M5S e o Partido Democrático (PD) para formar um novo governo tem ganhado força.   

Uma coalizão com a legenda de centro esquerda tiraria Salvini do poder e evitaria novas eleições. "Durante as consultas fui informado por algumas partes que iniciativas foram lançadas para um acordo no Parlamento para um novo governo e me pediram para ter tempo", explicou Mattarella. "O presidente da República tem o dever inescapável de não excluir a expressão majoritária da vontade do Parlamento, como aconteceu, aliás, há um ano, para o nascimento do governo que acabou de renunciar. Ao mesmo tempo, tenho o dever de solicitar decisões rápidas no interesse do país", finalizou. (ANSA)
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