Macron volta à Itália para reconstruir relações
PARIS, 17 SET (ANSA) - Após um ano marcado por desavenças com a Itália, o presidente da França, Emmanuel Macron, volta a Roma nesta quarta-feira (18) para marcar uma nova fase nas relações entre os dois países.
Macron se reunirá com o presidente Sergio Mattarella e com o primeiro-ministro Giuseppe Conte, que agora lidera um governo de coalizão formado pelo populista Movimento 5 Estrelas (M5S) e pelo centro-esquerdista Partido Democrático (PD).
Na gestão anterior, que tinha a ultranacionalista Liga, de Matteo Salvini, no lugar do PD, as relações entre Roma e Paris atingiram seu ponto mais baixo desde a Segunda Guerra, o que culminou na convocação do embaixador francês na Itália para consultas.
Mirando o papel de líder na União Europeia pós-Merkel, Macron tenta se firmar como principal antagonista da crescente extrema direita no bloco. Salvini, por sua vez, até hoje tem o presidente da França como um de seus principais alvos e chegou a chamá-lo de "senhorzinho que se excede no champanhe".
Mas a briga de Macron não era apenas com o ex-ministro do Interior: a convocação do embaixador francês em Roma foi provocada por uma ação do então vice-premier Luigi Di Maio, líder do M5S e que continua no governo, agora como ministro das Relações Exteriores.
A crise se deu após Di Maio se reunir na França com um representante dos "coletes amarelos" que defendia uma intervenção militar para derrubar Macron. Além disso, o então vice-premier acusou o presidente da França de causar a crise migratória no Mediterrâneo por meio da exploração da África.
A turbulência só foi debelada graças à intervenção de Mattarella, que sempre destacou a importância da relação franco-italiana para a UE. Segundo fontes da Presidência da França, o chefe de Estado da Itália foi o principal "garantidor" da amizade entre os dois países.
A visita de Macron deve girar sobretudo ao redor da crise migratória. Roma e Paris defendem a criação de um mecanismo permanente de redistribuição de solicitantes de refúgio na União Europeia, proposta que também tem o apoio da Alemanha, mas é rechaçada no leste do bloco. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Macron se reunirá com o presidente Sergio Mattarella e com o primeiro-ministro Giuseppe Conte, que agora lidera um governo de coalizão formado pelo populista Movimento 5 Estrelas (M5S) e pelo centro-esquerdista Partido Democrático (PD).
Na gestão anterior, que tinha a ultranacionalista Liga, de Matteo Salvini, no lugar do PD, as relações entre Roma e Paris atingiram seu ponto mais baixo desde a Segunda Guerra, o que culminou na convocação do embaixador francês na Itália para consultas.
Mirando o papel de líder na União Europeia pós-Merkel, Macron tenta se firmar como principal antagonista da crescente extrema direita no bloco. Salvini, por sua vez, até hoje tem o presidente da França como um de seus principais alvos e chegou a chamá-lo de "senhorzinho que se excede no champanhe".
Mas a briga de Macron não era apenas com o ex-ministro do Interior: a convocação do embaixador francês em Roma foi provocada por uma ação do então vice-premier Luigi Di Maio, líder do M5S e que continua no governo, agora como ministro das Relações Exteriores.
A crise se deu após Di Maio se reunir na França com um representante dos "coletes amarelos" que defendia uma intervenção militar para derrubar Macron. Além disso, o então vice-premier acusou o presidente da França de causar a crise migratória no Mediterrâneo por meio da exploração da África.
A turbulência só foi debelada graças à intervenção de Mattarella, que sempre destacou a importância da relação franco-italiana para a UE. Segundo fontes da Presidência da França, o chefe de Estado da Itália foi o principal "garantidor" da amizade entre os dois países.
A visita de Macron deve girar sobretudo ao redor da crise migratória. Roma e Paris defendem a criação de um mecanismo permanente de redistribuição de solicitantes de refúgio na União Europeia, proposta que também tem o apoio da Alemanha, mas é rechaçada no leste do bloco. (ANSA)
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