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Irã alerta forças estrangeiras para ficarem fora do Golfo

22/09/2019 16h37

ROMA E NOVA YORK, 22 SET (ANSA) - Após a decisão dos Estados Unidos de enviar tropas para ajudar a defesa aérea e de mísseis na Arábia Saudita, depois do ataque sofrido na petroleira Aramco, o Irã alertou as "forças estrangeiras" para ficarem longe do Golfo Pérsico e anunciou que apresentará um plano de paz regional às Nações Unidas para garantir a segurança "do Golfo Pérsico, do estreito de Ormuz e do mar de Omã". A medida foi anunciada neste domingo (22) pelo presidente iraniano, Hassan Rohani, e deve ser levada para a Assembleia Geral da ONU, que acontece na próxima semana em Nova York.   

A expectativa é de que seja uma "iniciativa que envolverá os países da região para formar uma coalizão que garanta segurança", porque o Golfo vive um "momento sensível de importância histórica".   

"Os inimigos continuam mentindo e declaram que são eles que garantem o segurança. Mas se eles estão dizendo a verdade, por que tiveram que enviar tantas armas perigosas para a área?", questionou Rohani.   

Para o presidente do Irã, "a presença de forças estrangeiras na região, sob o pretexto de lidar com a segurança, trouxe apenas insegurança e infortúnio". Rohani ainda convidou as "forças estrangeiras para deixar a região".   

Ontem (21), o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, já havia afirmado que seu país está pronto para destruir qualquer nação que lançar um ataque ao seu território.   

A declaração foi dada um dia depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou o envio de mais militares para apoiar a Arábia Saudita, rival do Irã, em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio. Em meio à polêmica, o republicano disse que não tem intenção de se encontrar com representantes do Irã, fora da reunião das Nações Unidas. (ANSA)
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