Políticos franceses pedem sanções a Federação Turca
ROMA E PARIS, 14 OUT (ANSA) - As manifestações de apoio dos jogadores da seleção da Turquia para a ofensiva do país contra os curdos no nordeste da Síria gerou muita discussão no cenário internacional, principalmente na França. Diversos políticos, inclusive a deputada Marine Le Pen, pediram que a Uefa aplique duras sanções contra a Federação Turca de Futebol (TFF).
No último jogo da Turquia, os jogadores e a comissão técnica celebraram a vitória sobre a Albânia fazendo uma saudação militar apoiando a invasão do país na Síria. O perfil oficial da seleção publicou a imagem nas redes sociais e escreveu que os atletas "dedicam a vitória aos bravos soldados e companheiros mártires".
A França será a próxima adversária dos turcos nas Eliminatórias para a Eurocopa de 2020, o jogo está marcado para esta segunda-feira (14), em Paris. No entanto, os políticos franceses estão realizando um apelo para que o duelo seja cancelado.
"Não podemos aceitar decentemente no Stade de France aqueles que comemoram o massacre de nossos aliados curdos. Com esta saudação militar, a seleção turca atravessou a fronteira que separa esporte e a política", escreveu no Twitter o presidente do partido centrista União dos Democratas e Independentes (UDI), Jean-Christophe Lagarde.
O eurodeputado Jordan Bardella enfatizou que "o futebol não pode servir à propaganda de Erdogan". Já o político Eric Ciotti, convidou o ministro do Interior da França, Christophe Castaner, a "assumir suas responsabilidades", pedindo para "suspender" a partida.
O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, já confirmou que não irá assistir o confronto.
O chefe de imprensa da Uefa, Philip Townsend, afirmou que a entidade europeia irá investigar a seleção turca.
"Atuando como um megafone para a propaganda de Erdogan, cujas ações na Síria preocupam a comunidade internacional, a equipe nacional de futebol da Turquia zombou dos valores do esporte.
Está na hora da Uefa sancionar essa tendência política da Federação Turca de Futebol!", escreveu no Twitter a deputada francesa Le Pen.
O líder da legenda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, afirmou que os jogadores turco serão "tratados como soldados de um exército inimigo" se eles fizerem algum cumprimento militar.
A Turquia receberá em maio de 2020 a final da Liga dos Campeões e o vice-presidente da Uefa, Michele Uva, não descartou a possibilidade de realizar o decisivo jogo em outro país. "Revogar uma final é um ato forte. Acho que agora não estamos em condições de discuti-la. É claro que, com o comitê executivo e o Presidente Ceferin, avaliaremos as situações, mas me parece absolutamente prematuro falar sobre sanções nesse nível", afirmou Uva, em entrevista à radio "Anch'io Sport".
O italiano ainda declarou que "o futebol não pode ignorar nada" sobre o que está acontecendo na Síria.
Cengiz Ünder, da Roma, e Merih Demiral, da Juventus, foram alvos de diversas críticas na Itália após ter publicado fotos apoiando a ofensiva turca.
A Turquia iniciou na quarta-feira (9) o ataque por terra na fronteira com a Síria. O presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a operação tem o objetivo de criar uma "zona segura" limpa de milícias curdas, que também abrigará refugiados sírios. Além dos Estados Unidos e do Reino Unido, os ataques estão sendo duramente criticados por outros países, incluindo a Arábia Saudita. A ofensiva turca também provocou condenações praticamente unânimes na política italiama, da esquerda à direita.(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
No último jogo da Turquia, os jogadores e a comissão técnica celebraram a vitória sobre a Albânia fazendo uma saudação militar apoiando a invasão do país na Síria. O perfil oficial da seleção publicou a imagem nas redes sociais e escreveu que os atletas "dedicam a vitória aos bravos soldados e companheiros mártires".
A França será a próxima adversária dos turcos nas Eliminatórias para a Eurocopa de 2020, o jogo está marcado para esta segunda-feira (14), em Paris. No entanto, os políticos franceses estão realizando um apelo para que o duelo seja cancelado.
"Não podemos aceitar decentemente no Stade de France aqueles que comemoram o massacre de nossos aliados curdos. Com esta saudação militar, a seleção turca atravessou a fronteira que separa esporte e a política", escreveu no Twitter o presidente do partido centrista União dos Democratas e Independentes (UDI), Jean-Christophe Lagarde.
O eurodeputado Jordan Bardella enfatizou que "o futebol não pode servir à propaganda de Erdogan". Já o político Eric Ciotti, convidou o ministro do Interior da França, Christophe Castaner, a "assumir suas responsabilidades", pedindo para "suspender" a partida.
O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, já confirmou que não irá assistir o confronto.
O chefe de imprensa da Uefa, Philip Townsend, afirmou que a entidade europeia irá investigar a seleção turca.
"Atuando como um megafone para a propaganda de Erdogan, cujas ações na Síria preocupam a comunidade internacional, a equipe nacional de futebol da Turquia zombou dos valores do esporte.
Está na hora da Uefa sancionar essa tendência política da Federação Turca de Futebol!", escreveu no Twitter a deputada francesa Le Pen.
O líder da legenda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, afirmou que os jogadores turco serão "tratados como soldados de um exército inimigo" se eles fizerem algum cumprimento militar.
A Turquia receberá em maio de 2020 a final da Liga dos Campeões e o vice-presidente da Uefa, Michele Uva, não descartou a possibilidade de realizar o decisivo jogo em outro país. "Revogar uma final é um ato forte. Acho que agora não estamos em condições de discuti-la. É claro que, com o comitê executivo e o Presidente Ceferin, avaliaremos as situações, mas me parece absolutamente prematuro falar sobre sanções nesse nível", afirmou Uva, em entrevista à radio "Anch'io Sport".
O italiano ainda declarou que "o futebol não pode ignorar nada" sobre o que está acontecendo na Síria.
Cengiz Ünder, da Roma, e Merih Demiral, da Juventus, foram alvos de diversas críticas na Itália após ter publicado fotos apoiando a ofensiva turca.
A Turquia iniciou na quarta-feira (9) o ataque por terra na fronteira com a Síria. O presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a operação tem o objetivo de criar uma "zona segura" limpa de milícias curdas, que também abrigará refugiados sírios. Além dos Estados Unidos e do Reino Unido, os ataques estão sendo duramente criticados por outros países, incluindo a Arábia Saudita. A ofensiva turca também provocou condenações praticamente unânimes na política italiama, da esquerda à direita.(ANSA)
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