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Tarifas dos EUA contra produtos da UE entram em vigor

18/10/2019 13h20

WASHINGTON E ROMA, 18 OUT (ANSA) - Entraram em vigor nesta sexta-feira (18) as novas tarifas alfandegárias dos Estados Unidos contra US$ 7,5 bilhões em bens importados da União Europeia, em uma nova frente da guerra comercial travada por Donald Trump.   

A partir de agora, aviões comerciais da Airbus pagarão uma sobretaxa de 10% para entrar no mercado americano, enquanto uma série de produtos alimentares da UE arcará com uma tarifa de 25%, incluindo os queijos pecorino romano, parmigiano reggiano (parmesão) e provolone, ícones da gastronomia italiana.   

A lista de bens atingidos também conta com vinhos franceses, azeitonas gregas e uísques escoceses. No caso da Itália, as novas taxas devem atingir quase 500 milhões de euros em exportações para os EUA. "Essas tarifas fazem mal, trabalhamos para que elas não chegassem", lamentou o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, já elogiado diversas vezes por Trump.   

As tarifas foram impostas após a Organização Mundial do Comércio (OMC) ter autorizado os Estados Unidos a sobretaxarem US$ 7,5 bilhões em importações de bens europeus. A medida é uma represália aos subsídios concedidos pela UE à Airbus, considerados ilegais pela própria OMC.   

"A escolha dos EUA não nos deixa alternativa que não responder no tempo devido com medidas relativas ao caso Boeing, no qual os EUA violaram as regras da OMC", disse a comissária europeia do Comércio, Cecilia Malmstrom - Bruxelas também move uma ação contra Washington na OMC por causa de subsídios ao setor de aviação.   

Uma lista preliminar de produtos americanos na mira da UE foi divulgada em abril e inclui peixes, queijo cheddar, frutas secas, sementes de girassol, chocolates e aviões. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que a guerra tarifária coloca em risco o crescimento da economia europeia.   

Essa é a segunda frente da guerra comercial travada pelo presidente Trump. A primeira e mais importante é aquela contra a China, que já provocou a desaceleração da economia mundial.   

(ANSA)
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