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F1 terá carros mais futuristas e novo regulamento para 2021

01/11/2019 13h44

ROMA, 1 NOV (ANSA) - Buscando maior igualdade entre as equipes, a Federação de Automobilismo Mundial (FIA) anunciou nesta quinta-feira (31) em Austin, nos Estados Unidos, as mudanças que a Fórmula 1 irá sofrer a partir da temporada de 2021.   


Entre as diversas mudanças aprovadas, as principais estão no design e na concepção dos monopostos, que vão ser montados pelas escuderias para aumentar o desempenho nas perseguições durante as corridas, permitindo um maior equilíbrio entre os pilotos.   


"As novas regras surgiram de um processo detalhado de dois anos de análise de questões técnicas, esportivas e financeiras, a fim de desenvolver um pacote de regulamentos", explicou Chase Carey, CEO da F1.   


Segundo o novo regulamento, os carros terão um visual mais futurístico e as rodas dos monopostos passarão a ter aro 18 polegadas. Além disso, elas terão uma espécie de apêndice na parte de cima. As asas traseira e dianteira também vão ter o design modificado.   


"Após mais de dois anos de intensa pesquisa e desenvolvimento, de uma colaboração próxima com nossos parceiros da F1 e com a ajuda de equipes e pilotos, projetistas de circuitos, a fornecedora única de pneus [Pirelli] e os acionistas da F1, a FIA está orgulhosa de publicar hoje uma série de regras que vão definir o futuro da F1 a partir de 2021. É uma mudança fundamental em como o pináculo do esporte será operado e, pela primeira vez na história, tocamos nos assuntos técnicos, esportivos e financeiros de uma vez só", comemorou Jean Todt, presidente da FIA.   


A F1 também informou que os carros da temporada de 2021 deverão ser pouco mais de três segundos mais lentos em comparação com os atuais, bem como mais pesados, subindo de 743kg para 768kg.   


Uma das novidades que gerou mais polêmica é a do teto orçamentário por temporada. Cada equipe poderá gastar até cerca de US$ 175 milhões, fazendo com que o sucesso seja determinado por quem melhor investiu seu dinheiro. Outro objetivo desta medida é buscar novas equipes para as edições seguintes.   


O diretor-esportivo da F1, Ross Brawn, garantiu que a categoria terá uma fiscalização rigorosa para que o teto não seja violado.   


"O crucial no aspecto financeiro é que se trata de um regulamento da FIA. Há punições em caso de quebra de regras.   


Antes, havia um acordo de cavalheiros entre as equipes, que não era tão de cavalheiros assim. Se você quebrar as regras, você perde o campeonato", destacou Brawn.   


Os diretores da Fórmula 1 ainda comentaram que o objetivo é ter até 25 Grandes Prêmios por temporada e que a categoria está entregando um esporte mais sustentável.   


"Um elemento crucial para a FIA, pensando no futuro, são as considerações ambientais: a F1 já conta com os motores mais eficientes do mundo, mas vamos continuar a trabalhar em novas tecnologias e combustíveis que aumentem ainda mais esse limite", disse Todt.(ANSA)
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