Movimento contra extrema-direita na Itália lança manifesto
ROMA, 21 NOV (ANSA) - Um movimento espontâneo organizado via redes sociais contra os partidos populistas de extrema-direita da Itália, principalmente a Liga Norte de Matteo Salvini, lançou nesta quinta-feira (21) seu manifesto oficial e uma programação com 10 protestos pelo país. "Caros populistas, vocês entenderam: A festa acabou", diz o manifesto, cujo título é "Bem-vindos ao Mar Aberto". O movimento, autodenominado "Sardinhas" em referência a como as pessoas ficam "apertadas" em uma multidão durante protestos, começou com quatro jovens de Bolonha - Giulia Trappoloni, de 30 anos, Andrea Garreffa, de 30 anos, Roberto Morotti, de 31 anos, e Mattia Santoni, de 32 anos - via postagens no Facebook. O grupo assumiu a linha de frente para evitar que a Liga Norte de Salvini conquiste o governo da Emilia-Romagna, no norte da Itália, nas eleições regionais de 26 de janeiro.
Em poucos dias, o movimento conseguiu reunir milhares de pessoas, em vários atos pela Itália, transformando-se em um dos maiores obstáculos para as ambições políticas de Salvini e da extrema-direita no país. A primeira manifestação ocorreu no dia 14 de outubro, na Piazza Maggiore, em Bolonha, e reuniu mais de 12 mil pessoas. Outro ato foi convocado para segunda-feira passada (18), em Modena, e 7 mil pessoas compareceram, apesar das chuvas que atingiam a cidade.
Agora, o movimento das "Sardinhas" está organizando atos em Sorrento para hoje (21). Amanhã (22) será a vez de Palermo. No fim de semana, os protestos ocorrerão em Reggio Emilia, Perugia e Rimini. Na semana que vem, Parma, Florença, Ferrara e Milão estão na agenda. Questionado sobre o movimento, Salvini disse ter "simpatia por qualquer manifestação democrática das próprias ideias". Mesmo fora do poder, o ex-ministro do Interior da Itália segue com a popularidade em alta e, no fim de outubro, alcançou uma vitória avassaladora nas eleições regionais na Úmbria, outro antigo bastião da esquerda italiana.
Desde as eleições legislativas de 4 de março de 2018, quando Salvini assumiu a liderança da coalizão de direita com o moderado Força Itália (FI) e o extremista Irmãos da Itália (FdI), a aliança vem colecionando triunfos nas urnas. De lá para cá, sete regiões governadas pelo Partido Democrático (PD), maior força de centro-esquerda no país, realizaram eleições, e a coalizão conservadora venceu em todas.
A Emilia-Romagna é um dos últimos bastiões "vermelhos" ainda de pé, assim como as vizinhas Toscana e Marcas. O atual governador Stefano Bonaccini (PD) é favorito à reeleição, mas a popularidade de Salvini, especialmente nas áreas rurais da região, pode levar Lucia Borgonzoni à vitória. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Em poucos dias, o movimento conseguiu reunir milhares de pessoas, em vários atos pela Itália, transformando-se em um dos maiores obstáculos para as ambições políticas de Salvini e da extrema-direita no país. A primeira manifestação ocorreu no dia 14 de outubro, na Piazza Maggiore, em Bolonha, e reuniu mais de 12 mil pessoas. Outro ato foi convocado para segunda-feira passada (18), em Modena, e 7 mil pessoas compareceram, apesar das chuvas que atingiam a cidade.
Agora, o movimento das "Sardinhas" está organizando atos em Sorrento para hoje (21). Amanhã (22) será a vez de Palermo. No fim de semana, os protestos ocorrerão em Reggio Emilia, Perugia e Rimini. Na semana que vem, Parma, Florença, Ferrara e Milão estão na agenda. Questionado sobre o movimento, Salvini disse ter "simpatia por qualquer manifestação democrática das próprias ideias". Mesmo fora do poder, o ex-ministro do Interior da Itália segue com a popularidade em alta e, no fim de outubro, alcançou uma vitória avassaladora nas eleições regionais na Úmbria, outro antigo bastião da esquerda italiana.
Desde as eleições legislativas de 4 de março de 2018, quando Salvini assumiu a liderança da coalizão de direita com o moderado Força Itália (FI) e o extremista Irmãos da Itália (FdI), a aliança vem colecionando triunfos nas urnas. De lá para cá, sete regiões governadas pelo Partido Democrático (PD), maior força de centro-esquerda no país, realizaram eleições, e a coalizão conservadora venceu em todas.
A Emilia-Romagna é um dos últimos bastiões "vermelhos" ainda de pé, assim como as vizinhas Toscana e Marcas. O atual governador Stefano Bonaccini (PD) é favorito à reeleição, mas a popularidade de Salvini, especialmente nas áreas rurais da região, pode levar Lucia Borgonzoni à vitória. (ANSA)
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