Netanyahu é indiciado por corrupção, fraude e abuso de poder
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi denunciado formalmente hoje pelos crimes de corrupção, fraude e abuso de poder.
A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral do Estado, Avichai Mandelblit, após uma investigação que durou mais de dois anos. Ao todo, Netanyahu foi incriminado em três casos. O primeiro diz respeito à suspeita de ter recebido presentes de empresários em troca de favores.
No segundo, o premier é acusado de beneficiar o jornal Yediot Ahronot para obter uma cobertura positiva. Já o terceiro investigou se a companhia de telecomunicações Bezeq, dona do site Walla, fez uma cobertura jornalística benéfica a Netanyahu em troca de favores no governo.
Nos dois primeiros, ele é acusado de fraude e abuso de poder; no último, desses dois crimes e também de corrupção. É a primeira vez na história de Israel que um chefe de governo no poder é denunciado formalmente por corrupção.
Netanyahu nega ter cometido qualquer crime e diz ser vítima de uma "caça às bruxas". O líder conservador não é obrigado a renunciar, mas as denúncias devem aumentar a pressão da oposição por sua saída.
Ele está no poder desde 2009, mas não conseguiu formar um novo governo depois das eleições de abril e setembro deste ano. Como seu principal rival, o centrista Benny Gantz, também não foi capaz de construir uma aliança, o país deve voltar às urnas em breve.
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