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Danos à Basílica de San Marco somam 3 milhões de euros

Basílica de San Marco durante inundação que atingiu o centro histórico de Veneza - Miguel MEDINA / AFP
Basílica de San Marco durante inundação que atingiu o centro histórico de Veneza Imagem: Miguel MEDINA / AFP

Veneza (Itália)

13/12/2019 16h06

As inundações que atingiram o centro histórico de Veneza em meados de novembro provocaram danos de mais de 3 milhões de euros na Basílica de San Marco.

Essa cifra se junta ao prejuízo de 841 mil euros causado na cobertura da igreja por uma ventania no dia 12 daquele mês. Os números foram apresentados pela Procuradoria de San Marco, órgão responsável pela administração do templo católico, nesta sexta-feira (13).

O procurador de San Marco, Carlo Alberto Tesserin, disse que não se preocupa tanto com os "anos de vida" que a igreja poderá perder em novas inundações, mas sim com o "tempo jogado fora depois de 1966", quando Veneza registrou a maior inundação de sua história.

Segundo Tesserin, a Procuradoria estuda duas intervenções para manter a basílica "seca", incluindo a instalação de barreiras físicas para bloquear a água.

Outra ação, cujo projeto executivo deve ser concluído em janeiro, prevê o uso de um sistema de bombeamento para proteger a cripta e os ambientes mais baixos, como a sacristia, alagados pelas inundações de novembro.

A basílica fica na Praça San Marco, região mais inundável da cidade, e os danos são provocados sobretudo pelo sal presente na água.

Enchentes - Apenas no mês passado, Veneza teve quatro marés superiores a 140 centímetros acima do nível médio da água, algo inédito. A mais forte delas, em 12 de novembro, teve 187 centímetros, segundo maior valor já registrado no centro histórico da cidade, atrás apenas dos 194 centímetros marcados em 4 de novembro de 1966.

O centro histórico se distribui por ilhas situadas na Lagoa de Veneza, que sofre regularmente com a "acqua alta". Mais comum entre o fim do outono e o início do inverno europeu, esse fenômeno ocorre quando o nível do Mar Adriático sobe e invade as águas da lagoa, inundando a cidade.

As marés são influenciadas pelo ciclo lunar e por eventos meteorológicos, como tempestades e o vento de siroco, uma corrente de ar quente proveniente do deserto do Saara, mas fatores como o aquecimento global e o assoreamento do solo lagunar também contribuem para as enchentes.

Um complexo sistema de barreiras móveis chamado Mose está em construção desde 2003 e deve ser inaugurado no fim do ano que vem, ao custo de 5,5 bilhões de euros. (ANSA)

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