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Itália e França condenam ataque do Irã a bases no Iraque

08/01/2020 09h46

ROMA E PARIS, 08 JAN (ANSA) - Itália e França condenaram nesta quarta-feira (8) o ataque iraniano contra duas bases militares no Iraque que hospedam soldados dos Estados Unidos e pediram o fim do "ciclo de violência" no Oriente Médio.   

Em mensagem no Facebook, o chanceler italiano, Luigi Di Maio, definiu o bombardeio como um "ato grave que aumenta a tensão em um contexto já crítico e muito delicado".   

"Infelizmente, é uma história que se repete. Convidamos ambas as partes à moderação e à responsabilidade. Uma nova guerra levará à proliferação de células terroristas e de novos fluxos migratórios. Isso não é mais aceitável", escreveu.   

As bases atingidas foram as de Ayn al-Asad e Irbil, que também abrigam forças da coalizão internacional criada para combater o Estado Islâmico (EI), da qual a Itália faz parte. "Neste momento difícil, expresso, em nome do governo, toda a minha proximidade a nossos militares", acrescentou Di Maio. Nenhum italiano ficou ferido no bombardeio.   

Já o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, manifestou "solidariedade aos aliados e parceiros da coalizão" e disse que a prioridade é, "mais do que nunca, a desescalada" da tensão. "O ciclo de violência deve ser interrompido", afirmou.   

Segundo Le Drian, a França "continua determinada a trabalhar pela pacificação" e "recorda a importância do prosseguimento da luta" contra o EI. O alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, por sua vez, declarou que o ataque iraniano é "mais um exemplo de escalada" da tensão.   

"Discutiremos sobre o que a UE pode fazer em curto e médio prazo para ajudar a estabilizar a região", explicou. Os chanceleres do bloco se reunirão na próxima sexta-feira (10) para debater a crise entre EUA e Irã.   

Em seu perfil no Twitter, o presidente iraniano, Hassan Rohani, enviou um recado direto aos países europeus e disse que, não fosse pela "guerra contra o terror" promovida pelo general Qassem Soleimani, morto em um bombardeio americano, as capitais do velho continente "estariam em grande perigo agora". (ANSA)
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