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Ryanair nega interesse em comprar Air Italy

13/02/2020 11h06

MILÃO, 13 FEV (ANSA) - A companhia aérea de baixo custo irlandesa Ryanair negou nesta quinta-feira (13) que tenha interesse em comprar a Air Italy, segunda maior empresa de aviação civil da Itália e que foi colocada em liquidação.   

"Vimos e ouvimos algumas notícias, mas queremos esclarecer que não há nenhum interesse da Ryanair em comprar a Air Italy", disse o diretor comercial da companhia irlandesa, David O'Brien, durante uma coletiva de imprensa em Milão.   

"Se o acionista principal não quis investir, porque nós deveríamos fazê-lo?", acrescentou o executivo. A Air Italy é controlada pela empresa Alisarda, que detém 51% das ações e não quer mais colocar recursos na companhia aérea.   

Sua sócia, a Qatar Airways (49% das ações), tentou buscar outros parceiros, mas a procura não deu resultado - a própria empresa árabe não poderia aumentar seu investimento para não ultrapassar o teto de 49% imposto pela União Europeia para grupos extracomunitários no capital de companhias aéreas do bloco.   

Antiga Meridiana, a empresa mudou de nome para Air Italy no início de 2018, após ter sido resgatada pela Qatar Airways, que pretendia desafiar a Alitalia, maior empresa do setor no país e que também passa por uma crise financeira.   

A Air Italy, no entanto, não conseguiu sanar suas finanças e fechou 2018 com prejuízo de 164 milhões de euros. Além disso, as perdas em 2019 podem ter superado os 200 milhões de euros.   

"Lamentamos pelo caso da Air Italy e não estamos explorando esse episódio. Mas algumas coisas devem ser ditas: seu pessoal de bordo equivale a 50% do total, já o nosso corresponde a 85%.   

Esse dado diz muito sobre a eficiência das companhias aéreas", afirmou O'Brien, da Ryanair.   

O executivo disse acreditar que, ao investir na Air Italy, a Qatar Airways não previsse que a Alitalia fosse resistir tanto tempo. A maior companhia aérea italiana tem a emiradense Etihad Airways como acionista (49%) e está sob intervenção do governo, que ainda não conseguiu encontrar um comprador. (ANSA)
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