OMS eleva risco global do coronavírus para 'muito alto'

ROMA, 28 FEV (ANSA) - O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta sexta-feira (28) que o risco mundial da epidemia de coronavírus (Covid-19) foi elevado para "muito alto", o maior possível. A entidade, no entanto, ainda não declarou o surto uma pandemia.   

"O contínuo aumento no número de casos e de países afetados nos últimos dias é uma clara preocupação", disse Ghebreyesus.   

De acordo com a OMS, além da China, foram registrados 4.351 casos da doença em outros 49 países, sendo que 67 pessoas morreram. A Itália está entre as nações mais afetadas pelo vírus. Somente no território chinês, foram contabilizados 78.959 casos e 2.791 mortes. No entanto, "nas últimas 24 horas, a China reportou 329 casos, o menor número em mais de um mês". "Nossos epidemiologistas têm monitorado o avanço da doença constantemente", disse o diretor-geral da OMS. "Agora aumentamos nossa avaliação do risco de propagação e do risco de impacto do Covid-19 para 'muito alto' em um nível global".   

Durante a coletiva, os representantes da agência de Saúde da ONU também explicaram que, até o momento, não seria prudente declarar a doença como pandemia, porque ainda nem todas as pessoas do mundo estão expostas ao vírus. "Pandemia é um termo coloquial, nós queremos ir além de termos coloquiais. Sim, nós estamos no nível mais alto de alerta, no nível mais alto de avaliação de risco", afirmou Michael Ryan, diretor-executivo do programa de emergências da OMS.   

"Nós ainda podemos conter a dispersão do vírus se tomarmos ações robustas e detectar rapidamente o surgimento de novos casos", concluiu Ghebreyesus, que afirmou que ao menos 10 vacinas estão sendo testadas.   

Irã - Após a vice-presidente do Irã encarregada de Assuntos da Mulher e da Família, Masoumeh Ebtekar, ser diagnosticada com coronavírus, outros quatro parlamentares foram testados positivos, informou um dos membros da Assembleia Legislativa de Teerã. Segundo Mohammad Ali Wakili, os quatro, cujas identidades não foram reveladas, foram os únicos infectados entre os 30 parlamentares verificados nas últimas horas. Até o momento, o surto da doença no Irã provocou a morte de 34 pessoas e deixou 245 contaminados. No entanto, segundo a BBC, citando fontes do sistema de saúde local, o número de vítimas pelo coronavírus pode ser muito maior, totalizando 210. (ANSA) Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.