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UE pede que fronteiras externas fiquem fechadas até 15/05

08/04/2020 13h56

BRUXELAS, 08 ABR (ANSA) - A Comissão Europeia enviou nesta quarta-feira (08) um pedido para que todas as nações do bloco mantenham suas fronteiras externas fechadas para viagens não essenciais até o dia 15 de maio. A medida ainda tem como objetivo evitar a propagação do novo coronavírus (Sars-CoV-2).   

O fechamento começou no dia 17 de março e deveria terminar no dia 17 de abril, mas segundo a Comissão, "uma ação paralela e coordenada nas fronteiras externas constitui um aspecto essencial para uma estratégia de saída coordenada e da gradual revogação das medidas de contenção na Europa". A nota informa que uma avaliação sobre a situação atual no continente no enfrentamento à pandemia indica ainda "um contínuo aumento no número de novos casos e mortes na União Europeia e o avanço do vírus fora da União - também em países nos quais proveem milhões de visitantes para a Europa todos os anos". Segundo dados da UE, 30 países europeus - os 26 da União Europeia, com exceção da Irlanda, e todos as nações associadas ao Tratado de Schengen (Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça) - estão aplicando a medida desde o dia 17. A Irlanda não se aliou à decisão porque conta com uma "área comum de viagem" com o Reino Unido, que não adotou a restrição.   

Ainda conforme o bloco, a experiência dos Estados-membros e de outros países expostos à pandemia mostra que é preciso mais de 30 dias para que as medidas de mitigação causem efeitos sensíveis. Além disso, os europeus pedem que as medidas de afrouxamento do isolamento sejam feitas de maneira uniforme.   

"Todos os Estados-membros emitiram com sucesso medidas para limitar a interação social e para atrasar a difusão do vírus. A restrição às viagens não essenciais de países terceiros para a UE completa esse quadro. Enquanto vemos os primeiros resultados encorajadores, é necessário prorrogar a limitação para continuar a reduzir os riscos de difusão da doença", destacou ainda. Conforme os números apresentados pelo Centro Universitário John Hopkins, a Europa concentra praticamente a metade dos casos do novo coronavírus no mundo, com mais de 750 mil contaminações, e mais de 60 mil mortes. (ANSA)
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