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UE fecha acordo sobre resposta econômica ao coronavírus

09/04/2020 18h40

BRUXELAS, 9 ABR (ANSA) - Os ministros europeus das Finanças alcançaram na noite desta quinta-feira (9) um acordo sobre uma resposta econômica comum à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.   

"O Eurogrupo encontrou um acordo. Um pacote de dimensões sem precedentes para apoiar o sistema de saúde, os subsídios de desemprego, a liquidez das empresas e o fundo para um plano de recuperação. A Europa é solidária", escreveu o comissário de Relações Econômicas da UE, Paolo Gentiloni, ex-premier da Itália, em sua conta no Twitter. Segundo o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, o plano prevê um valor total de 500 bilhões de euros implementados pela União Europeia para lidar com a crise econômica após a emergência. O ministro das Finanças holandês, Wopke Hoekstra, detalhou que o acordo foi possível após várias horas de negociações para superar as objeções impostas por seu país, entre eles as condições de acesso à linha de crédito através do Mecanismo Europe de Estabilidade (MEE).   

"O MEE pode dar ajuda financeira sem condições aos países para despesas médias. Também estará disponível para apoio econômico, mas com condições. É justo e razoável", disse ele, no Twitter, afirmando que a Holanda se mantém contra a emissão de eurobonds.   

"Pensamos que este conceito não irá ajudar a Europa e a Holanda a longo prazo". O pacote basicamente é dividido em três partes: até 240 bilhões de euros de empréstimos, 200 bilhões de euros do Banco Europeu de Investimento para apoiar pequenas e médias empresas e até 100 bilhões de euros para proteção de salários e empregos - do programa SURE da Comissão Europeia.   

"O único requisito para acessar a linha de crédito será que os Estados se comprometam a usá-la para apoiar o financiamento de custos diretos ou indiretos de saúde, assistência e custos de prevenção vinculados à Covid-19", diz o documento. De acordo com o texto, "a linha de crédito estará disponível até o final da emergência. Depois disso, os estados continuam comprometidos com o fortalecimento dos fundamentos econômicos, consistentes com a estrutura de vigilância fiscal europeia, incluindo flexibilidade".   

"O Eurogrupo concorda em trabalhar em um fundo para apoiar a recuperação. O fundo será temporário e proporcional aos custos extraordinários da crise e ajudará a divulgá-los ao longo do tempo através de financiamento adequado", acrescenta o texto. Durante a reunião, os 27 países-membros só descartaram a ideia de uma dívida comum, proposta apresentada pela Itália e Espanha.   

(ANSA)
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