Cientistas descobrem 14 mutações do novo coronavírus
ROMA, 7 MAI (ANSA) - Um grupo de pesquisadores do Laboratório Nacional Los Alamos, pertencente ao governo dos Estados Unidos, identificou 14 mutações do novo coronavírus (Sars-CoV-2), sendo que uma delas, batizada como D614G, se tornou dominante em várias partes do mundo, inclusive na Itália, e se mostra mais contagiosa do que a original que circulou em Wuhan, na China.
A pesquisa, publicada no site bioRxiv, revela que os 14 tipos de mutações foram localizados na proteína spike, responsável pela entrada do vírus nas células, das quais a D614G é motivo de "preocupação urgente" pelos cientistas. O estudo, liderado por David Montefiori, descobriu que essa mutação está presente na cepa mais comum na Europa e é capaz de provocar uma segunda infecção nos pacientes. Segundo o pesquisador do hospital Sacco em Milão, Gianguglielmo Zehender, que sequenciou o genoma do vírus na Itália, o Sars-CoV-2, como todos os vírus de RNA, muda. Os efeitos dessas mudanças, no entanto, ainda não foram demonstrados. A maior preocupação, de acordo com o grupo, é o possível impacto dessa - e de outras mutações - no desenvolvimento de vacinas e tratamentos contra a Covid-19. Atualmente, mais de 100 vacinas estão em fase de desenvolvimento e, na maioria das vezes, os pesquisadores partem do pressuposto que o coronavírus não sofreu e nem sofrerá grandes mutações.
"Poderia ter sido essa mutação que agilizou a disseminação do vírus no mundo e seria arriscado ignorar essas mudanças que podem limitar a eficácia das primeiras vacinas que chegarão", explicaram os cientistas. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A pesquisa, publicada no site bioRxiv, revela que os 14 tipos de mutações foram localizados na proteína spike, responsável pela entrada do vírus nas células, das quais a D614G é motivo de "preocupação urgente" pelos cientistas. O estudo, liderado por David Montefiori, descobriu que essa mutação está presente na cepa mais comum na Europa e é capaz de provocar uma segunda infecção nos pacientes. Segundo o pesquisador do hospital Sacco em Milão, Gianguglielmo Zehender, que sequenciou o genoma do vírus na Itália, o Sars-CoV-2, como todos os vírus de RNA, muda. Os efeitos dessas mudanças, no entanto, ainda não foram demonstrados. A maior preocupação, de acordo com o grupo, é o possível impacto dessa - e de outras mutações - no desenvolvimento de vacinas e tratamentos contra a Covid-19. Atualmente, mais de 100 vacinas estão em fase de desenvolvimento e, na maioria das vezes, os pesquisadores partem do pressuposto que o coronavírus não sofreu e nem sofrerá grandes mutações.
"Poderia ter sido essa mutação que agilizou a disseminação do vírus no mundo e seria arriscado ignorar essas mudanças que podem limitar a eficácia das primeiras vacinas que chegarão", explicaram os cientistas. (ANSA)
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