Libertar Palestina é dever islâmico, diz líder supremo do Irã
TEERÃ, 22 MAI (ANSA) - O guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta sexta-feira (22) que libertar a Palestina de Israel é um "dever" de todos os islâmicos e afirmou que é preciso apoiar a luta deles no Oriente Médio.
"A jihad [guerra santa] e a luta para libertar a Palestina são deveres islâmicos. A vitória será garantida por Deus. É um grave erro considerar a questão palestina apenas como uma questão árabe. O principal é a libertação de todas as terras palestinas e o retorno de todos os palestinos a sua pátria", disse Khamenei no dia em que é celebrado o Dia Al-Quds (Dia de Jerusalém).
Segundo líder iraniano, é preciso "usar cada oportunidade, incluindo o apoio internacional, mas não devemos confiar muito no Ocidente e nas organizações mercenárias", porque não é possível ter um governo palestino "apenas com uma parte dos territórios ocupados".
Khamenei ainda reconheceu que o Irã está armando grupos palestinos na Faixa de Gaza, afirmando que tal ação deve continuar em todos os territórios requeridos.
"Faremos todo o possível nesse sentido. Quando percebemos que os combatentes palestinos tinham coragem e honra, mas estavam sem armas, decidimos preencher esse vazio. Hoje, há uma mudança no equilíbrio do poder na Palestina e os combatentes palestinos em Gaza podem resistir a uma agressão militar sionista", declarou ainda.
Após defender a Palestina, Khamenei virou seu discurso para atacar Israel, e chamou o sionismo de "vírus que será extirpado em breve" da região. Para ele, armar os palestinos é necessário "porque os sionistas só entendem a linguagem da força".
"Os Estados Unidos e os sionistas tentam transferir o conflito para a fronte do Movimento da Resistência, tentando alimentar a guerra civil na Síria e as guerras e os massacres no Iêmen, e criam o Estado Islâmico no Iraque. Enquanto isso, alguns países da região se preocupam de outras questões em relação aos sionistas e fornecem ao regime uma oportunidade de agir.
Infelizmente, alguns países da região se envolveram nesse complô", acusou Khamenei.
Apesar de existir uma rivalidade histórica entre Irã e Israel, a tensão entre os dois governos se acentuou desde que Donald Trump foi eleito como presidente dos Estados Unidos. Declaradamente favorável ao governo israelense, o republicano retirou o país do acordo nuclear com os iranianos e voltou a aumentar as sanções contra Teerã.
Além disso, Trump apresentou um plano de paz para o Oriente Médio, que foi celebrado pelas israelenses, mas criticado duramente pelos islâmicos. Em fevereiro deste ano, inclusive, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou o rompimento das relações com Israel e EUA.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"A jihad [guerra santa] e a luta para libertar a Palestina são deveres islâmicos. A vitória será garantida por Deus. É um grave erro considerar a questão palestina apenas como uma questão árabe. O principal é a libertação de todas as terras palestinas e o retorno de todos os palestinos a sua pátria", disse Khamenei no dia em que é celebrado o Dia Al-Quds (Dia de Jerusalém).
Segundo líder iraniano, é preciso "usar cada oportunidade, incluindo o apoio internacional, mas não devemos confiar muito no Ocidente e nas organizações mercenárias", porque não é possível ter um governo palestino "apenas com uma parte dos territórios ocupados".
Khamenei ainda reconheceu que o Irã está armando grupos palestinos na Faixa de Gaza, afirmando que tal ação deve continuar em todos os territórios requeridos.
"Faremos todo o possível nesse sentido. Quando percebemos que os combatentes palestinos tinham coragem e honra, mas estavam sem armas, decidimos preencher esse vazio. Hoje, há uma mudança no equilíbrio do poder na Palestina e os combatentes palestinos em Gaza podem resistir a uma agressão militar sionista", declarou ainda.
Após defender a Palestina, Khamenei virou seu discurso para atacar Israel, e chamou o sionismo de "vírus que será extirpado em breve" da região. Para ele, armar os palestinos é necessário "porque os sionistas só entendem a linguagem da força".
"Os Estados Unidos e os sionistas tentam transferir o conflito para a fronte do Movimento da Resistência, tentando alimentar a guerra civil na Síria e as guerras e os massacres no Iêmen, e criam o Estado Islâmico no Iraque. Enquanto isso, alguns países da região se preocupam de outras questões em relação aos sionistas e fornecem ao regime uma oportunidade de agir.
Infelizmente, alguns países da região se envolveram nesse complô", acusou Khamenei.
Apesar de existir uma rivalidade histórica entre Irã e Israel, a tensão entre os dois governos se acentuou desde que Donald Trump foi eleito como presidente dos Estados Unidos. Declaradamente favorável ao governo israelense, o republicano retirou o país do acordo nuclear com os iranianos e voltou a aumentar as sanções contra Teerã.
Além disso, Trump apresentou um plano de paz para o Oriente Médio, que foi celebrado pelas israelenses, mas criticado duramente pelos islâmicos. Em fevereiro deste ano, inclusive, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou o rompimento das relações com Israel e EUA.
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