Topo

Facebook critica Twitter por política de fact-checking

28/05/2020 15h17

WASHINGTON, 28 MAI (ANSA) - Em meio à disputa entre o Twitter e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, criticou a rede social pela "correção" de dois tuítes do republicano. "Acredito firmemente que o Facebook não deve ser o árbitro da verdade de tudo o que as pessoas dizem online", afirmou ele em entrevista à Fox News nesta quarta-feira (27), depois que Trump alertou as empresas de mídias sociais que poderia "regular fortemente" ou até "fechá-las" caso continuem a "silenciar vozes conservadoras". A declaração foi dada após o Twitter decidir pela primeira vez, na última quarta-feira (27), qualificar uma série de tuítes do presidente como "informação duvidosa", além de colocar uma advertência sobre a postagem. Na publicação, a rede social aconselhou o usuário a buscar informação verificada sobre o assunto que Trump abordou. De acordo com Zuckerberg, "em geral, as empresas privadas, especialmente essas plataformas, provavelmente não deveriam estar em condições de fazer isso". Apesar de entender os motivos do líder americano, o CEO do Facebook afirmou que censurar uma plataforma não é a "reação correta". "Acredito que um governo escolher censurar uma plataforma porque está preocupado com censura não me parece exatamente a reflexão correta", disse. O CEO do Twitter, Jack Dorsey, por sua vez, respondeu o posicionamento de Zuckerberg, ressaltando que o Twitter continuará a "chamar a atenção sobre informação incorreta ou duvidosa sobre eleições no mundo" e que isso não é ser "árbitro da verdade". "A nossa intenção é ligar os pontos sobre afirmações contraditórias, mostrar a informação e deixar que as pessoas decidam por si", concluiu. (ANSA)
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.