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Cidade italiana abre visitas em bunkers alemães da 2ª GM

03/07/2020 12h01

CERVIA, 03 JUL (ANSA) - A cidade italiana de Cervia, localizada na região da Emilia-Romagna, na Itália, abriu para visitação dos turistas três bunkers alemães usados durante a Segunda Guerra Mundial. Os tours guiados ocorrem após uma ampla restauração dos locais, descobertos durante escavações na região. Os visitantes conhecerão, além dos espaços físicos, histórias e curiosidades ligadas às estruturas. As visitas devem ser agendadas pelo site https://www.turismo.comunecervia.it/it e são feitas sempre às segundas-feiras ou sábados, a partir das 17h (hora local).


Durante a guerra, a região do Mar Adriático foi um ponto estratégico de defesa do exército alemão e todo o território de Cervia, especialmente no bairro Milano Marittima, contempla inúmeros bunkers. Os locais têm sido procurados pelos historiadores locais e muitos deles foram encontrados em perfeito estado de conservação; outros foram localizados enterrados e alguns ainda foram achados embaixo de hotéis e casas particulares.


Graças a um cuidadoso trabalho de recuperação, iniciado em janeiro deste ano, será possível visitar três deles para conhecer como era a vida dos soldados no interior dessas construções, algumas com muros com espessuras de até três metros, capazes de resistir a ataques a bomba.


Os bunkers alemães e os dentes de dragão - as fortificações de concreto e ferro em forma de pequenas pirâmides desenvolvidas para impedir o avanço de forças mecanizadas - tinham o objetivo de defender a fronte de batalha, em particular, aqueles que vinham pelo mar.


Segundo o site da cidade, as estruturas locais podiam ser do tipo Tobruk, ocupadas por uma ou duas pessoas e que tinham uma abertura circular no teto onde era possível usar metralhadoras ou lançadores de morteiros, ou do tipo Regelbau, maiores do que as primeiras, também com a função de refúgio, abrigavam até seis soldados e eram equipadas com todos os tipos de itens corriqueiros de uma casa. As últimas tinham uma função mais estratégica e eram dotadas de comando por rádio para poder lançar alarmes e mensagens rapidamente. Por regra, sempre ao lado de um Regelbau tinha um Tobruk, com função de defesa, e que era acessível através de um corredor. Cada bunker também tinha uma saída de emergência - que só poderia ser usada se o soldado engatinhasse. (ANSA)

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