Papa celebra missa para lembrar visita a Lampedusa
CIDADE DO VATICANO, 08 JUL (ANSA) - O papa Francisco celebrou nesta quarta-feira (8), na Casa Santa Marta, no Vaticano, uma missa pelo aniversário de sete anos de sua visita a Lampedusa, ilha italiana que é porta de entrada para migrantes forçados e refugiados na Europa.
Devido às medidas contra aglomerações em vigor para conter a pandemia do novo coronavírus, a homilia contou apenas com a presença do departamento de migrantes e refugiados do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral.
Na missa, o Papa voltou a defender o acolhimento de deslocados internacionais e criticou sua prisão em campos de detenção na Líbia, país que tem um acordo com a Itália para controlar os fluxos migratórios no Mediterrâneo Central.
"É Deus quem bate à nossa porta esfomeado, com sede, forasteiro, nu, doente, preso, pedindo para ser ajudado, pedindo para desembarcar", declarou Francisco. Segundo o Pontífice, a "cultura do bem-estar" tornas as pessoas "insensíveis ao grito dos outros".
"Ela nos faz viver em bolhas de sabão bonitas, mas que não significam nada, são ilusões do fútil, do provisório, que levam à indiferença, levam à globalização da indiferença", acrescentou, reproduzindo palavras que dissera em Lampedusa em 8 de julho de 2013.
Em seguida, Jorge Bergoglio mencionou a situação da Líbia e afirmou que o país africano virou um "inferno" para migrantes e refugiados, comparando os centros de detenção para deslocados internacionais a um "lager", termo alemão para os campos de extermínio nazistas.
"Dão-nos a versão destilada, mas vocês não imaginam o inferno que se vive ali, os 'lager' de detenção, e essa gente que vinha apenas com a esperança", disse. A visita de Francisco a Lampedusa foi a primeira viagem apostólica de seu pontificado e ocorreu na época em que a ilha era palco frequente de naufrágios de barcos de migrantes e refugiados.
Na ocasião, o Papa celebrou uma missa para cerca de 10 mil pessoas e lançou uma coroa de flores no mar. Lampedusa é o centro habitado mais meridional da Itália e fica mais perto do norte da África - menos de 100 quilômetros via mar - do que da Península Itálica.
Por conta disso, é um dos destinos mais buscados pelos migrantes e refugiados que se arriscam em viagens em barcos superlotados no Mediterrâneo. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Devido às medidas contra aglomerações em vigor para conter a pandemia do novo coronavírus, a homilia contou apenas com a presença do departamento de migrantes e refugiados do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral.
Na missa, o Papa voltou a defender o acolhimento de deslocados internacionais e criticou sua prisão em campos de detenção na Líbia, país que tem um acordo com a Itália para controlar os fluxos migratórios no Mediterrâneo Central.
"É Deus quem bate à nossa porta esfomeado, com sede, forasteiro, nu, doente, preso, pedindo para ser ajudado, pedindo para desembarcar", declarou Francisco. Segundo o Pontífice, a "cultura do bem-estar" tornas as pessoas "insensíveis ao grito dos outros".
"Ela nos faz viver em bolhas de sabão bonitas, mas que não significam nada, são ilusões do fútil, do provisório, que levam à indiferença, levam à globalização da indiferença", acrescentou, reproduzindo palavras que dissera em Lampedusa em 8 de julho de 2013.
Em seguida, Jorge Bergoglio mencionou a situação da Líbia e afirmou que o país africano virou um "inferno" para migrantes e refugiados, comparando os centros de detenção para deslocados internacionais a um "lager", termo alemão para os campos de extermínio nazistas.
"Dão-nos a versão destilada, mas vocês não imaginam o inferno que se vive ali, os 'lager' de detenção, e essa gente que vinha apenas com a esperança", disse. A visita de Francisco a Lampedusa foi a primeira viagem apostólica de seu pontificado e ocorreu na época em que a ilha era palco frequente de naufrágios de barcos de migrantes e refugiados.
Na ocasião, o Papa celebrou uma missa para cerca de 10 mil pessoas e lançou uma coroa de flores no mar. Lampedusa é o centro habitado mais meridional da Itália e fica mais perto do norte da África - menos de 100 quilômetros via mar - do que da Península Itálica.
Por conta disso, é um dos destinos mais buscados pelos migrantes e refugiados que se arriscam em viagens em barcos superlotados no Mediterrâneo. (ANSA)
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