5 bancos globais movimentaram US$ 2 tri em transações suspeitas
SÃO PAULO, 21 SET (ANSA) - Em uma nova denúncia publicada neste domingo (20), o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (Icij) e o site norte-americano "Buzzfeed" acusam cinco grandes bancos globais de terem feito cerca de US$ 2 trilhões em transações suspeitas com fraudadores, mafiosos e criminosos internacionais.
No Brasil, o grupo divulgou as informações através da "Piauí", "Poder 360" e "Época".
HSBC, JP Morgan, Deutsche Bank, Bank of New York Mellon e Standard Chartered teriam feito essas movimentações entre os anos de 1999 e 2017, mesmo após terem fechado acordos com as autoridades dos Estados Unidos para combater esse tipo de prática e de terem sido alertados pelo Departamento de Tesouro de que seriam multados se continuassem com as transações.
As acusações se basearam em documentos obtidos da Rede de Combate a Crimes Financeiros do Departamento do Tesouro, a FinCen, que tem como principal missão investigar ações suspeitas e no combate à lavagem de dinheiro. Foram mais de 2,1 mil documentos analisados.
As negociações foram feitas em diversos países, como Venezuela e Ucrânia e ajudaram pessoas condenadas ou investigadas por crimes diversos.
O JP Morgan, segundo os "FinCen Files", movimentou "mais de US$ 1 bilhão para um financista fugitivo que protagonizou o escândalo do fundo de investimento estatal 1MDB na Malásia". A crise está em sua fase final de julgamento no país, tendo levado o ex-premier Najib Razak a ser condenado no primeiro dos cinco processos ligados ao caso.
Também foi transacionado pelo banco cerca de US$ 2 milhões de um magnata que enganou o governo da Venezuela e ajudou a causar apagões de energia no país.
Além disso, o JP Morgan processou cerca de US$ 50 milhões em pagamentos para Paul Manafort, ex-diretor da campanha eleitoral de Donald Trump. O advogado já foi condenado em dois processos por conspiração, obstrução de justiça, fraude fiscal e fraude bancária a mais de sete anos de prisão.
Ao ouvir os bancos, o JP Morgan informou que não poderia comentar o caso porque está "legalmente proibido" de discutir esse tipo de caso. O HSBC disse que as informações "são "históricas e anteriores" ao acordo firmado com as autoridades norte-americanas. O Deutsche Bank e o Standard Chartered não responderam as perguntas do ICIJ.
Já o NY Mellon informou que "leva a sério seu papel de proteger a integridade do sistema financeiro global" e negou as acusações.
A FinCen respondeu aos questionamentos da reportagem do ICIJ, mas informou que não pode comentar "a existência ou inexistência" dos relatórios de atividades suspeitas.
No entanto, o efeito das denúncias já foi sentido no mercado de ações asiático, que fechou com baixa generalizada - também pela informação de que o governo chinês pode adicionar o HSBC em uma lista de empresas não confiáveis.
Os papéis do HSBC e do Standard Chartered em Hong Kong tiveram as maiores quedas desde 1995, no caso do primeiro, e desde 2002, no caso do segundo. (ANSA).
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No Brasil, o grupo divulgou as informações através da "Piauí", "Poder 360" e "Época".
HSBC, JP Morgan, Deutsche Bank, Bank of New York Mellon e Standard Chartered teriam feito essas movimentações entre os anos de 1999 e 2017, mesmo após terem fechado acordos com as autoridades dos Estados Unidos para combater esse tipo de prática e de terem sido alertados pelo Departamento de Tesouro de que seriam multados se continuassem com as transações.
As acusações se basearam em documentos obtidos da Rede de Combate a Crimes Financeiros do Departamento do Tesouro, a FinCen, que tem como principal missão investigar ações suspeitas e no combate à lavagem de dinheiro. Foram mais de 2,1 mil documentos analisados.
As negociações foram feitas em diversos países, como Venezuela e Ucrânia e ajudaram pessoas condenadas ou investigadas por crimes diversos.
O JP Morgan, segundo os "FinCen Files", movimentou "mais de US$ 1 bilhão para um financista fugitivo que protagonizou o escândalo do fundo de investimento estatal 1MDB na Malásia". A crise está em sua fase final de julgamento no país, tendo levado o ex-premier Najib Razak a ser condenado no primeiro dos cinco processos ligados ao caso.
Também foi transacionado pelo banco cerca de US$ 2 milhões de um magnata que enganou o governo da Venezuela e ajudou a causar apagões de energia no país.
Além disso, o JP Morgan processou cerca de US$ 50 milhões em pagamentos para Paul Manafort, ex-diretor da campanha eleitoral de Donald Trump. O advogado já foi condenado em dois processos por conspiração, obstrução de justiça, fraude fiscal e fraude bancária a mais de sete anos de prisão.
Ao ouvir os bancos, o JP Morgan informou que não poderia comentar o caso porque está "legalmente proibido" de discutir esse tipo de caso. O HSBC disse que as informações "são "históricas e anteriores" ao acordo firmado com as autoridades norte-americanas. O Deutsche Bank e o Standard Chartered não responderam as perguntas do ICIJ.
Já o NY Mellon informou que "leva a sério seu papel de proteger a integridade do sistema financeiro global" e negou as acusações.
A FinCen respondeu aos questionamentos da reportagem do ICIJ, mas informou que não pode comentar "a existência ou inexistência" dos relatórios de atividades suspeitas.
No entanto, o efeito das denúncias já foi sentido no mercado de ações asiático, que fechou com baixa generalizada - também pela informação de que o governo chinês pode adicionar o HSBC em uma lista de empresas não confiáveis.
Os papéis do HSBC e do Standard Chartered em Hong Kong tiveram as maiores quedas desde 1995, no caso do primeiro, e desde 2002, no caso do segundo. (ANSA).
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