EUA impõem sanções contra Irã por interferência nas eleições
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou mais uma rodada de sanções contra cinco entidades do Irã na noite de ontem. Dessa vez, a punição refere-se a suposta interferência de Teerã no processo eleitoral em andamento.
Segundo o documento, houve "tentativas flagrantes" de interferência no processo eleitoral. As punições surgem dois dias após os norte-americanos fazerem acusações contra Teerã no caso dos e-mails enviados a eleitores democratas, supostamente assinados pelo grupo de extrema-direita Proud Boys. Nas comunicações, havia ameaças de mortes e de perseguição contra aqueles que não votassem em Donald Trump.
Para os serviços de Inteligência, esses e-mails foram enviados por iranianos e tinham o objetivo de "semear a discórdia entre a população eleitoral, espalhando desinformação e executando operações de influência maliciosa com o objetivo de enganar os eleitores".
Foram punidos os Guardiões da Revolução e a unidade de elite Força Qods, já alvo de outras sanções, bem como a União Iraniana de Rádio e Televisão Islâmica, a União Internacional de Mídia Virtual e o Instituto Bayan Rasaneh Gostar.
Ontem, após as acusações norte-americanas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, rejeitou as acusações que considera "repetidas, falsas e fraudulentas.
"Teerã destaca mais uma vez que, para o Irã, não faz nenhuma diferença entre qual dos atuais candidatos será o próximo presidente dos EUA. Aconselhamos o regime dos EUA e à sua Inteligência, que têm uma longa história de interferências e criação de caos nas eleições de outros países, a parar com as acusações infundadas e os cenários suspeitos", pontuou.
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