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Mais de 30 são denunciados após protestos na Itália

27/10/2020 08h05

MILÃO, 27 OUT (ANSA) - As polícias das cidades de Milão e de Turim informaram na noite desta segunda-feira (26) que denunciaram cerca de 30 pessoas por conta dos violentos protestos contra a implementação de novas regras sanitárias para tentar conter o avanço da pandemia do coronavírus Sars-CoV-2 na Itália.   

Segundo as autoridades de Milão, 28 pessoas - incluindo 13 menores - foram denunciados por destruição de patrimônio público e violência contra agentes durante os atos. Segundo informações da própria polícia, os detidos fazem parte de grupos de torcidas organizadas e de organizações de extrema-direita.   

Conforme relatos de testemunhas, os manifestantes pacíficos, que eram maioria na praça Buenos Aires, tentaram repreender os jovens que quebravam vidraças. Por conta disso, os estragos não foram ainda maiores. Já em Turim, a devastação ao redor de um shopping de luxo foi enorme. A polícia informou que prendeu em flagrante duas pessoas que carregavam diversos itens roubados de lojas como Apple, Gucci, Louis Vitton e Geox. As peças foram devolvidas aos donos dos estabelecimentos nesta terça-feira (27).   

Ainda de acordo com as autoridades, outras cinco pessoas foram denunciadas por furto e por danos ao patrimônio público. Entre eles, também estavam membros de torcidas organizadas da cidade e de grupos de extrema-direita. Além disso, bares e restaurantes foram vandalizados e cerca de 10 agentes foram levados para hospitais com ferimentos.   

Os confrontos entre policiais e manifestantes também foram registrados em outras cidades italianas e marcaram a primeira noite do "semi-lockdown" ao qual os italianos estão vivendo.   

Tanto o governo central, que baixou um decreto limitando, por exemplo, o horário de funcionamento dos bares e restaurantes até às 18h, como os governos regionais vêm tomando medidas mais duras para tentar frear o avanço da Covid-19.   

Assim como outros países europeus, a Itália enfrenta a chamada "segunda onda" de casos, que está muito superior na quantidade de infecções do que no - até então - ápice da pandemia, entre março e maio. Porém, a quantidade de vítimas ainda não está nos níveis daquele período. (ANSA).   

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